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A reforma trabalhista aprovada em 2017 derrubou o número de ações trabalhistas na Justiça, o que reduziu custos das empresas e permitiu um aumento das contratações. Apesar disso, a legislação é criticada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que planeja alterá-la a partir do segundo semestre.
Em 2016, o número de novas ações nas varas trabalhistas foi de 2,72 milhões, segundo o Tribunal Superior do Trabalho (TST). Em 2021, quatro anos depois da reforma, 1,53 milhão de ações deram entrada na Justiça do Trabalho – 44% a menos.
Segundo pesquisadores da USP e do Insper, a regra que obrigou trabalhadores a pagarem custos de ações trabalhistas em caso de derrota baixou a taxa de desemprego em 1,7 ponto porcentual e gerou 1,7 milhão de empregos até 2022, graças à redução das despesas de empregadores.
Especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo dizem ainda que as regras mais flexíveis introduzidas pela reforma ajudaram a conter os danos da pandemia de Covid-19 sobre o mercado de trabalho. "Pode-se dizer com certeza que, sem a reforma de 2017, as consequências da pandemia para o mercado de trabalho seriam piores", diz o economista Alexandre Chaia, professor do Insper e gestor da Carmel Capital.