A maratona do Imposto de Renda Pessoa Física está chegando ao fim. Na próxima segunda-feira cerca de 23 milhões de contribuintes deverão ter enviado sua documentação para a Receita Federal. Mas, segundo o último balanço divulgado pelo órgão, nem metade deles havia feito isso até a última sexta-feira. Antes do fim de semana, a Receita havia recebido cerca de 11,5 milhões de documentos. No Paraná, o número de declarações entregues é de 747,4 mil até sexta-feira.
Segundo a supervisora do Imposto de Renda para o Paraná e Santa Catarina, Cláudia do Nascimento Thomaz, o volume de entregas segue o ritmo normal dos últimos anos e, por isso, não deve haver congestionamento no site da Receita. "Mesmo assim, a nossa orientação é que o consumidor não deixe para a última hora, porque se tiver alguma dúvida, não terá a quem recorrer."
A Receita espera que o maior fluxo de envio de documentos ocorra no próximo fim de semana. "Como este ano o prazo termina numa segunda-feira, muita gente deve aproveitar o sábado e o domingo para fazer a declaração."
Quem não enviar a declaração até às 20 horas da próxima segunda-feira, vai pagar uma multa no valor de 1% ao mês, calculada sobre o imposto devido. A multa mínima é de R$ 165,74 e a máxima é de 20% do valor devido. Para quem não tem imposto a pagar, a multa é equivalente à mínima.
Devem prestar contas ao Leão do Imposto de Renda quem teve rendimentos tributáveis superiores a R$ 14.992,32 em 2006 ou não-tributáveis acima de R$ 40 mil no mesmo período. Também deve enviar a declaração aqueles que participaram de quadro societário de empresas, operaram na bolsa de valores ou de mercadorias e, ainda, quem tinha bens ou direitos em seu nome com valor superior a R$ 80 mil em 31 de dezembro de 2006.
Pagamento
Também no próximo dia 30 o contribuinte deve pagar o imposto devido, ou a primeira quota, caso opte pelo parcelamento. Neste ano, o valor pode ser dividido em até oito vezes, desde que as parcelas sejam de, no mínimo, R$ 50.
As quotas vencem no último dia útil de cada mês, e seu valor tem acréscimo de juros equivalentes à taxa Selic, acumulada mensalmente, a partir do primeiro dia de maio, e de 1% referente ao mês do recolhimento. "O juro é aplicado ainda que as quotas sejam recolhidas até as respectivas datas de vencimento", diz a advogada e consultora de IR, Renata Ferrarezi.
