A rentabilidade de um imóvel alugado em Curitiba nunca foi tão baixa. Segundo o Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), a taxa de retorno de um apartamento de 3 quartos é de 0,44% ao mês esse é o porcentual médio que o proprietário vai receber mensalmente de aluguel , o mais baixo dos últimos anos. Esse não é, portanto, o melhor momento para se comprar um imóvel para locação.
O investimento está mais arriscado que nos anos anteriores. A redução da Selic, na comparação com anos anteriores, e a grande oferta de crédito imobiliário até a primeira quinzena de agosto, a Caixa Econômica alcançou o volume de R$ 85,2 bilhões em contratações fizeram os preços dispararem no Brasil, com aumentos de 3% a 5% ao ano mais inflação.
"Nos últimos sete anos esse rendimento chegou a 15% ao ano, mais a inflação", relata o especialista em finanças pessoais, Mauro Halfeld. Segundo ele, a tendência, a partir de agora, é que haja uma queda. Para um investidor que não deseja ficar décadas com um imóvel, complementa Halfeld, é hora de vender. "O resultado ruim das ações e dos balanços das grandes construtoras nos últimos meses são outro indicador forte nesse sentido", conta Halfeld.
Atualmente, cerca de 15% dos imóveis disponíveis para aluguel na capital paranaense estão desocupados essa variável é conhecida no mercado como "taxa de vacância". É um número alto. Suponha que você compre um apartamento de R$ 200 mil reais e o coloque para alugar por R$ 500. Se o imóvel não for locado durante um período de seis meses, você terá deixado de ganhar R$ 3 mil reais. Levando em conta um condomínio de R$ 500, em seis meses você terá perdido mais R$ 3 mil. Total de perdas no período: R$ 6 mil reais.
A economia é feita de ciclos. O atual não está bom. Mas, se você quer comprar um imóvel mesmo assim, o consultor de investimentos Raphael Cordeiro, sócio da assessoria de investimentos Inva Capital, dá uma dica: "escolha muito bem e tome cuidado pra não pegar um imóvel com elevada vacância e baixo retorno". "A pressa pode levar a um mau negócio", orienta.