O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto afirmou nesta sexta-feira (27) que as taxas de juros poderão ser elevadas, enquanto houver incertezas no campo fiscal. Segundo ele, a queda está atrelada a uma melhor percepção sobre as contas públicas.
"Não existe harmonia monetária sem harmonia fiscal", disse em um evento com investidores, o 1618 Spring Investment Meeting, em São Paulo.
Campos Neto ainda rebateu a meta do Ministério da Fazenda para o resultado primário, de zerar o deficit fiscal neste e no próximo ano. Pare ele, está distante das expectativas dos analistas de mercado.
"Essa história de achar que eu vou fazer um monetário um pouco mais apertado e o fiscal um pouco mais frouxo acaba gerando uma ineficiência que atrapalha o canal da política monetária, e que faz com que a gente tenha que conviver com juros mais altos", emendou.
Ao ser questionado sobre a transição do cargo, Campos Neto disse que vai “entregar o bastão e torcer para o próximo correr mais rápido do que eu”.
“Acho que a próxima pessoa que vai vir depois de mim vai pegar o bastão e espero que tenha a mesma visão: o que posso fazer para melhorar o que já foi feito”, disse.
O diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, foi indicado pelo presidente Lula para substituir o atual presidente, a partir do ano que vem, sob olhares atentos dos agentes econômicos e políticos. Ele ainda precisa ser sabatinado e aprovado no Senado Federal, o que deve ocorrer somente depois das eleições municipais.
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