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De olho na demanda

Se está difícil conseguir um emprego, avalie se você consegue inventar sua própria profissão.

Para descobrir onde estão as oportunidades de novos empregos, fique constantemente atento às mudanças do mercado de trabalho e da sociedade.

Novas demandas surgem a todo momento, mas elas podem ainda não ter chegado onde você mora. Viajar é uma maneira de conhecer experiências que deram certo.

O setor de serviços é o que mais necessita de inovações.

É possível trabalhar em uma empresa e abrir um negócio próprio paralelamente. Sociedades e parcerias facilitam o gerenciamento.

Se está difícil conseguir emprego por causa da grande competitividade no mercado de trabalho, incite sua criatividade e invente sua própria profissão, na melhor linha do empreendedorismo. Para achar as oportunidades, vale se inspirar em experiências internacionais, pesquisar muito ou colocar a cabeça para funcionar e bolar algo que ninguém faça – mas que todo mundo queira. Não é difícil achar gente que seguiu esse caminho e encontrou seu espaço, principalmente no setor de serviços.

A empresária Paola Demeter-co é um exemplo. Ela começou preparando ambientes especiais para amigas passarem uma noite romântica no Dia dos Namo-rados. O negócio deu tão certo que ela teve de se especializar e abrir uma pequena empresa, que pode ser conhecida no site www.noitesromanticas.com.br. "Sempre gostei muito de arrumar as coisas e transformei isso em um trabalho", revela. A empre-endedora está há três anos decorando espaços para pequenos eventos personalizados. "Minha proposta é resgatar o romantismo do passado, porque hoje todo mundo vive correndo e não tem mais tempo para preparar uma noite romântica. Eu torno sonho realidade com a ambientação personalizada."

Os ganhos, segundo Paola, variam muito e dependem do tipo de serviço prestado. Para se ter uma idéia, uma noite romântica, com direito a champanhe, bolo, objetos requintados e outros mimos sai por volta de R$ 500. "É uma coisa bem sofisticada e as pessoas gostam", comenta. A empresária diz não conhecer ou-tra empresa que faça isso por aqui, mas lembra que já ficou sabendo de uma similar fora do país, e que uma empresa de São Paulo trabalha com os mesmos conconceitos.

Outro que apostou em uma novidade desconhecida do mercado curitibano foi o auto-intitulado consultor em ótica Éric Gozlan. Francês, ele estudou no Instituto de Ótica e Optometria de Versailles e abriu uma loja com o conceito de lá. Além de fazer os óculos seguindo as especificações do médico oftalmologista, ele indica para o cliente o melhor design e material para o produto, de acordo com o estilo de vida da pessoa. "Alguém que lê muito de noite na cama, por exemplo, precisa de um óculos especial, porque há outra luz, outra postura", resume. Há cinco anos apostando neste diferencial, Éric afirma que sua proposta tem dado certo e que não há sombra de concorrentes que prestam ser-viço similar. "Não vendo nada de grife, somente óculos de designer. Na França existem muitas lojas deste tipo."

A esposa de Éric, a também fashion designer (desenhista de moda) Anna Diemeier, criou um diferencial para se destacar no mercado de trabalho. Formada em moda, ela estudou todo o processo de desenvolvimento de uma coleção, desde o desenho das peças e a produção até a venda. "Nenhuma empresa o contrata só para desenhar. Você precisa saber controle de qualidade, fazer pedidos, ter contato com clientes, entender de custos, conhecer o público-alvo, entre outras coisas", explica.

Anna está há seis anos no mercado. Ela conta que passou por diversos empregos para conseguir entender de tudo e se tornar uma profissional mais completa. "Comecei desenhando, fui trabalhar em loja e depois conheci o chão de fábrica. Hoje faço tudo: criação, produção, ficha técnica, ficha de custos e a venda."

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