Uma nova reunião entre os representantes dos bancários e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) começou na noite desta da quarta-feira (7), por volta das 19h30, em São Paulo. De acordo com informações do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, por volta das 20h30 ainda não havia sido apresentado nenhuma proposta por parte dos representantes dos bancos. A greve será mantida na quinta-feira (8). No entanto, se houver uma nova proposta, a questão será levada para votação nas assembleias nos estados e, se aprovada, a greve poderá ser encerrada.
Nessa quarta-feira - 14º dia da greve 285 agências bancárias e sete centros administrativos estavam fechados em Curitiba e região metropolitana (RMC), o que equivale a 64% das 444 agências, segundo o balanço do sindicato.
Na capital os bancos que tinham mais agências fechadas eram o Itaú (68 agências), o Banco do Brasil (67) e a Caixa Econômica (51). Cerca de 13,3 bancários haviam paralisado as atividades na capital e na RMC.
O Paraná tinha 573 agências fechadas e 17,6 mil trabalhadores tinham aderido ao movimento, de acordo com o levantamento da Federação dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Fetec-PR). E em todo país eram 7.222 agências fechadas, segundo Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).
Reivindicações
Os bancários pedem reajuste salarial de 10%, além de participação nos lucros e resultados (PLR) no valor de R$ 3.850 e mais três vezes o valor do salário, auxílio refeição de R$ 19,25, cesta-alimentação e auxílio creche. Outra reivindicação da categoria é a garantia de que haverá manutenção dos empregos, especialmente quando houver fusões das instituições bancárias.
No entanto, a proposta da Fenaban era de reajuste salarial de 4,5%, cesta-alimentação no valor de R$ 285,21, auxílio creche de R$ 205, e pagamento de participação nos lucros em duas parcelas. Não foi mencionada a questão da garantia dos empregos.