Representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) e Correios não chegaram a um acordo nesta segunda-feira (24), durante a audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Com isso, o caso vai a dissídio no próprio tribunal. Não há previsão sobre quando isso acontecerá.
A ação cautelar contrária à greve foi ajuizada pela estatal contra a Fentect. Iniciada em 29 de janeiro, a paralisação, de abrangência parcial, foi feita sob a alegação de que a estatal não estaria cumprindo acordos relativos ao plano de saúde oferecido pela empresa, o Postal Saúde.
De acordo com a Fentect, serviços médicos têm sido cobrados de trabalhadores, o que iria de encontro ao que foi acertado durante audiência anterior feita também no TST. No site da Fentect foi divulgada uma nota fiscal que supostamente comprovaria que um funcionário havia pago para ter atendimentos médicos. Cita casos de outros empregados que também haviam pago por serviços hospitalares.
A estatal informou que o plano de saúde, CorreiosSaúde, não será privatizado e não cobrará nenhuma mensalidade de seus beneficiários; e que o Postal Saúde é uma "caixa de assistência, patrocinada e mantida pelos Correios", registrada na Agência Nacional de Saúde Suplementar e com política e diretrizes definidas por ela. Alega, que nenhuma das cobranças tem a ver com a implantação da Postal Saúde.
No último dia 7, o ministro Márcio Eurico Vitral Amaro, do TST havia determinado que pelo menos 40% dos empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos tinham de permanecer em atividade em cada uma das unidades da empresa. Caso descumprisse a determinação, a Fentect teria de pagar multa de R$ 50 mil por dia.
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