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Negociação entre Oi e funcionários da Telepar termina sem acordo

A reunião entre funcionários da extinta empresa estatal Telecomunicações do Paraná (Telepar) e a empresa Oi nesta tarde de quinta-feira (23) terminou sem acordo. De acordo com o ex-funcionário da Telepar, Celso Eduardo Machado, os ex-trabalhadores consideraram a proposta da Oi "indecente".

A proposta apresentada pela empresa foi de meio salário da época da demissão por ano trabalhado para os ex-funcionários. A promotora que acompanhou a reunião afirmou que os trabalhadores não apresentaram nenhuma contraproposta. "Os funcionários se sentiram humilhados, são 14 anos de espera", relatou Margaret Matos de Carvalho, promotora do Ministério Público do Trabalho (MPT-PR), que participou da reunião.

O ex-funcionário da Telepar, que trabalhou na extinta empresa por 28 anos, afirmou que a proposta da empresa não estava a contento. "Eles usaram de má fé", desabafou o trabalhador.

A empresa de telefonia foi condenada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) por ter demitido cerca funcionários em 1999 discriminadamente, tendo que readmitir 680 empregados. Na época dos desligamentos, todos os funcionários tinham uma média de 40 anos e estavam às vésperas da aposentadoria. Atualmente, cerca de 40 faleceram.

A empresa de telefonia conseguiu suspender o cumprimento da penalidade sob a alegação de abuso na utilização dos recursos. Está em tramitação sem data de julgamento um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) pois a telefonia entrou com um procedimento chamado Recurso Extraordinário com Agravo, que aguarda decisão há quase dois anos na corte suprema.

A promotoria do MPT-PR informou que os funcionários aguardam o julgamento do processo no STF e que estão abertos a nova negociação caso a empresa esteja interessada em apresentar uma nova proposta. A assessoria da Oi informou nesta quinta-feira que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Manifestação

Os ex-empregados da extinta Telepar realizaram uma passeata nesta tarde de quinta-feira (23), que partiu da rua Comendador Araújo, passando pela Praça Osório e terminou na rua Vicente Machado, em frente ao Tribunal do Trabalho. De acordo com Celso Machado, cerca de 100 trabalhadores participaram da mobilização.

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