A primeira reunião de negociações entre os representantes dos bancários e da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi marcada para a próxima quinta-feira (1º de outubro), às 10 horas, e acontecerá em São Paulo. A greve foi iniciada na quinta-feira (24) e desde então não havia ocorrido nenhuma discussão entre as partes sobre a paralisação.
O encaminhamento para a primeira reunião aconteceu na segunda-feira (28), quando a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro enviou um ofício a Fenaban, demonstrando a intenção de dar continuidade às conversações. Dessa forma, na segunda-feira a entidade patronal respondeu que também tinha interesse na realização da reunião, a qual foi marcada para quinta-feira (1º).
Os bancários pedem reajuste salarial de 10%, além de participação nos lucros e resultados (PLR) no valor de R$ 3.850 e mais três vezes o valor do salário, auxílio refeição de R$ 19,25, cesta-alimentação e auxílio creche. Outra reivindicação da categoria é a garantia de que haverá manutenção dos empregos, especialmente quando houver fusões das instituições bancárias.
No entanto, a proposta da Fenaban era de reajuste salarial de 4,5%, cesta-alimentação no valor de R$ 285,21, auxílio creche de R$ 205, e pagamento de participação nos lucros em duas parcelas. Não foi mencionada a questão das garantia dos empregos.
Manifestação
Na tarde desta terça-feira (29), por volta das 16 horas, cerca de 60 bancários fizeram uma manifestação em frente à agência da Caixa Econômica Federal da Praça Carlos Gomes, no Centro de Curitiba. No ato houve apresentação e discussão das reivindicações do movimento.
Inicialmente, os trabalhadores fariam uma passeata da Praça Santos Andrade até a Praça Carlos Gomes, no entanto o mau tempo impediu que o evento fosse realizado.
Números da greve
De acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, 233 das 444 agências de Curitiba e Região Metropolitana estavam fechadas nesta terça-feira.
Já a Federação dos Bancários do Paraná (Feeb-PR) contabilizou os dados da paralisação em algumas cidades do interior do estado. Em Londrina, 50 das 132 agências bancárias estavam fechadas, além de 13 postos de abastecimento. Já em Toledo eram 16 de um total de 28 unidades. O município de Umuarama tinha 48 das 59 agências fechadas. Em Campo Mourão 14 unidades não estavam abertas, de 31. E em Guarapuava 21 das 49 unidades estavam fechadas, além de oito postos de abastecimento.
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