As negociações sobre o perdão de metade da dívida grega, detida por credores privados, e a concessão ao país de mais uma ajuda por parte dos credores institucionais estão "no fio da navalha", declarou neste sábado (4) o ministro grego das Finanças.

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"Estamos em um caminho muito estreito", disse Evangelos Venizelos à imprensa em Atenas, logo após uma teleconferência com seus parceiros europeus.

Em troca de apoio, a 'troika' de credores institucionais exige que os partidos representados no governo grego de coalizão se esforcem em favor de novas reformas estruturais para liberalizar a economia e novas reformas de austeridade para sanear as contas públicas.

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A 'troika' espera novos sacrifícios sociais, como a diminuição de salários e aposentadorias, medidas que encontram resistência nos sindicatos e nos próprios partidos políticos.

"A teleconferência foi muito difícil. Existe muita ansiedade e muita pressão", declarou Venizelos.

"Concordamos sobre o modo de recaptalizar e reestruturar o sistema bancário, as privatizações e muitas reformas estruturais", acrescentou.

Dois tópicos relacionados permanecem em aberto: a liberalização do mercado de trabalho, que inclui o nível dos salários no setor privado, e a adoção de novas medidas fiscais para atingir as metas de 2012, deixou a entender.

Já os credores privados, representantes dos bancos que negociam com a Grécia, anunciaram na sexta-feira à noite que chegariam em Atenas.

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O tempo está se esgotando para a Grécia: já é admitido que, para evitar o calote da dívida, o país precisa entrar em um acordo com os bancos até o dia 13 de fevereiro. O reembolso de 14,5 bilhões de euros em empréstimos é esperado até 20 de março.