O abismo entre negros e brancos em relação a cargos de chefia continua enorme no Brasil, segundo análise feita com base em dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego, de 2004 a 2008, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos SocioEconômicos (Dieese), em seis regiões metropolitanas.

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Em São Paulo, por exemplo, apenas 5% dos negros ocupados estavam em funções de direção, gerência e planejamento em 2008, aumento de 0,3 ponto percentual em relação a 2004. Entre os trabalhadores brancos, o percentual é de 17,4%.

Em Salvador, onde a população negra é majoritária e representa mais de 85% da População Economicamente Ativa, a presença de trabalhadores negros em postos de comando equivale a um terço da registrada por brancos. A maioria dos trabalhadores negros cumpre funções que não exigem qualificação profissional.

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O rendimento médio por hora de trabalho dos negros também continua muito inferior ao dos brancos, embora a diferenção diminua conforme aumenta a escolaridade. Na região metropolitana da capital mineira, a hora do trabalho do negro custa R$ 5,03, ante R$ 8,80 recebidos pelos brancos.

Em Salvador, o abismo é ainda maior. O rendimento médio por hora do negro é R$ 4,75, enquanto o dos brancos é de R$ 9,63. De acordo com as análises regionais do Dieese, a diferença entre valores recebidos por negros e brancos é menor entre os trabalhadores menos escolarizados.

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