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Em seu primeiro dia de trabalho o novo ministro do Planejamento defendeu a mudança da fórmula de reajuste do salário mínimo, que atualmente é corrigido pela inflação do ano anterior acrescido da do PIB de dois anos atrás. Ele afirmou que enviará a nova proposta do governo "no momento oportuno" e que o salário continuará a ter aumentos reais. Mas, em março de 2014, ele explicitou a proposta que considerava ideal: a vinculação do salário mínimo à média salarial do país.

"A política do mínimo é correta mas precisa ser reavaliada. Será que 40% do salário médio é ideal? Não sei. Há movimentos sindicais na Europa que dizem que precisa ser de 50%, 60%. Houve um forte aumento que corrigiu a desigualdade, mas a redução da desigualdade não passa apenas pela renda, mas também por educação, saúde", disse Barbosa em março, quando estava na FGV.

Na época ele afirmava que os aumentos do salário mínimo geravam pressões sobre as contas públicas e que o piso salarial brasileiro equivale a 40% do salário médio, 10 pontos percentuais a mais que no início do Plano Real e no mesmo patamar em relação ao salário médio que em países como Bélgica e Austrália. Ele defendia uma relação estável entre o salário mínimo e o salário médio.

Economistas que debateram com o ministro lembram que este assunto é uma posição primária do ministro, que sempre defendeu a mudança da atual regra. Alguns, contudo, afirmam que esta ideia do ministro pode levar ao congelamento da redução das desigualdades no mercado de trabalho e deverá ter muita dificuldade em ser aprovada pelo Congresso.

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