Caso o Senado confirme a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no dia 11 de maio – o que faria com que a presidente fosse afastada no dia 12 – e Michel Temer emposse sua econômica logo na sequência, o ministro Nelson Barbosa terá tido uma das gestões mais curtas no Ministério da Fazenda desde a redemocratização, em 1985. O ministro, que assumiu no dia 21 de dezembro do ano passado, completa 143 dias de gestão no dia 12 de maio.
Esta será a gestão mais curta desde que Ciro Gomes passou apenas 116 dias à frente da pasta durante o mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nos últimos 50 anos, a gestão Barbosa terá sido a quinta mais breve, atrás de ministros que assumiram em momentos conturbados no plano político e econômico, como os governos de Itamar Franco e Fernando Collor.
Em momentos de instabilidade no cenário político e econômico o trabalho de ministros na Fazenda tende a ser mais curto. Entre o governo de Fernando Collor, 1990, e a implementação do Plano Real, em 1994, oito ministros comandaram a pasta. Paulo Roberto Haddad e Gustavo Krause foram os que passaram menos tempo a frente do ministério desde 1964; 75 dias cada um, entre os anos de 1992 e 1993.
Por outro lado, os ministros mais longevos no comando da Fazenda foram Guido Mantega, que chefiou a pasta entre 2006 e 2014, Pedro Malan (1995-2002), e Delfim Netto (1967-1974).
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