As bolsas europeias tombavam pelo terceiro dia consecutivo nesta quarta-feira, enquanto os juros de títulos soberanos da Itália atingiam níveis alarmantes. Quando isso aconteceu com Irlanda e Portugal, ficou irrevogável a liberação de um pacote de resgate financeira, tamanha dificuldade do país de rolar sua dívida. Nem a confirmação da renúncia do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, foi capaz de acalmar os investidores, que exigem taxas de rendimento cada vez maiores para comprar papéis italianos.
Por volta de 10h40m, no mercado de câmbio brasileiro, o dólar subia 0,86% ante o real, a R$ 1,753 na compra e a R$ 1,755 na venda.
No mesmo horário, a taxa de rendimento dos títulos italianos com vencimento em 10 anos rondava 7,38% ao ano e só perdia para países já resgatados financeiramente pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Esse retorno era inferior ao da Grécia (25,18%), que já se prepara para um calote parcial da sua dívida, e ao de Portugal (11,03%) e Irlanda (7,86%).
"Já estamos em uma situação periclitante. O tamanho da dívida da Itália é um problema, muito, muito grande. Apesar das boas notícias quanto a mudanças na liderança da Itália, o problema é mais profundo", disse o diretor de investimentos da gestora Robeco Gestions de Paris, Yves Maillot, segundo a agência Bloomberg News.
Enquanto isso, as bolsas europeias afundavam. Em Londres, o FTSE 100 recuava 1,89%. Em Paris, o CAC 40 perdia 2,35%. Em Frankfurt, o DAX tombava 2,73%. em Madri, o IBEX retrocedia 2,61%. Na Itália, a bolsa tinha a maior perda, com queda de 3,70% no FTSE MIB.
Bolsas da Ásia fecharam em alta
O Nikkei 225, de Tóquio, subiu 1,15%, para 8.755,44 pontos. O Hang Seng, de Hong Kong, teve valorização de 1,71%, ficando em 20.014,43 pontos. Em Sydney, o SP/ASX 200 aumentou 1,22%, para 4.346,10 pontos. O Kospi, de Seul, ganhou 0,23%, se situando em 1.907,53 pontos. O Shanghai Composite, de Xangai, apresentou elevação de 0,84%, aos 2.524,92 pontos.