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Netanyahu pede que Obama perdoe espião israelense detido

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que conceda perdão ao espião detido Jonathan Pollard em uma carta lida rapidamente ao Parlamento israelense nesta terça-feira.

Pollard, ex-analista de inteligência da Marinha dos EUA, foi condenado à prisão perpétua nos EUA ao ser detido por espionagem para Israel nos anos 1980, em um escândalo que abalou as relações entre EUA e Israel.

"Senhor presidente, no interesse da população de Israel, escrevo para pedir a clemência de Jonathan Pollard. No momento de sua prisão, Jonathan estava agindo como um agente do governo israelense", disse Netanyahu em hebraico.

"Apesar de Israel não estar de maneira alguma dirigindo seus esforços de inteligência contra os EUA, suas ações foram erradas e completamente inaceitáveis... Israel continuará a cumprir com seu compromisso de que tais ações errôneas jamais serão repetidas."

A libertação de Pollard já foi pedida em várias ocasiões por líderes israelenses a governos norte-americanos, mas nenhum presidente concordou em perdoar a condenação.

"Agora que Jonathan Pollard já passou 25 anos na prisão, eu acredito que um novo pedido por clemência é altamente apropriado", disse Netanyahu.

Segundo Netanyahu, várias autoridades norte-americanas que conhecem o assunto, incluindo vários deputados, concordaram com o pedido de clemência.

Pollard, que admitiu estar espionando para Israel, foi detido em 1985 em frente à embaixada israelense em Washington e condenado por conceder dezenas de milhares de informações confidenciais para Israel.

Ele foi condenado à prisão perpétua em 1987.

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