
Escolha depende do tipo de uso no dia a dia
O fotógrafo Luciano Sampaio não pestanejou na hora de escolher entre um smartphone ou um netbook: o Nokia 5800 que ele carrega consigo resolve, senão todas, boa parte das suas necessidades de internet. "O netbook para mim não seria tão prático, eu estaria carregando muito mais peso e teria que carregar um telefone ao mesmo tempo [para usar como modem]. Como eu acabo escrevendo pouca coisa, para mim o tecladinho do telefone já é suficiente. E muitas das funcionalidades de um netbook eu não preciso no dia a dia, como editar documentos ou planilhas."
Parecidos no tamanho, opostos na tecnologia
Netbooks, repare, são os computadores mais simples possíveis que podem ser fabricados e vendidos hoje. Já os smartphones, não. São celulares que estão no topo da cadeia evolutiva da telefonia móvel, ou seja, trazem as tecnologias avançadas que viram referência para o futuro dos telefones.
Um pequeno valente
Decidimos (eu e meu marido) comprar um netbook para que fosse o segundo computador da casa. Logo de início me encantei com a versatilidade do modelo.
Leia a opinião completa de Keyse Caldeira, editora de Imóveis
Eles são realmente portáteis leves, pequenos e cabem em qualquer lugar. E têm sido desenvolvidos para atender a uma demanda cada vez mais forte das pessoas: jogá-las na web rapidamente, a todo tempo e de qualquer lugar. Smartphones e netbooks estão cumprindo essa tarefa e disputando espaço num mercado que não para de crescer, mesmo em tempos de crise. E as grandes companhias que os fabricam trabalham para oferecer "o" produto, que englobe as funções de ambos. Mas será apenas um?
Com a disparada das vendas destes aparelhos, ninguém quer ficar de fora. Quem é líder de mercado (Microsoft, Intel, Nokia, HP) corre para, ao menos, manter sua condição. Já quem desponta, apesar de ter também sua relevância (Google, ARM, HTC, Asus) trabalha para ampliar sua posição. E todos, gigantes do hardware e do software, buscam se posicionar neste novo mercado de internet móvel.
No fim de maio, Steve Ballmer, o todo-poderoso CEO da Microsoft, declarou que os netbooks eram revolucionários e afirmou ainda que "eles alavancaram todo o mundo da computação e da internet". A frase cristaliza a importância que a gigante dos softwares dá aos netbooks e permite entender plenamente os seus agressivos movimentos para assegurar a supremacia Windows entre os portáteis.
A partir do início de 2008, ao ver a veloz adesão do público aos netbooks (que até então rodavam Linux), a Microsoft decidiu oferecer de forma subsidiada o quase finado XP. A decisão pode ter afetado sua margem de lucro, mas garantiu sua hegemonia. Hoje, a Microsoft prepara o lançamento do Windows 7, que tem como missão não apenas manter a dianteira no segmento, como apagar o fracasso do Vista e aposentar de vez o XP.
Reação
Coincidência ou não, pouco mais de um mês depois da declaração de Ballmer, o Google anunciou um sistema operacional justamente para rodar netbooks. O Chrome OS é mais um passo rumo a uma internet cada vez mais portátil.
Já do lado dos smartphones, Intel e Nokia anunciaram uma parceria com o objetivo de resolver dois problemas com uma só tacada. Enquanto a primeira quer incomodar a rival ARM no mercado de telefonia móvel, a Nokia emparedada pelo crescimento de Apple e BlackBerry entre os smartphones busca se manter relevante neste espaço.
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