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Netflix ganha mais de 7 milhões de assinantes e minimiza novos rivais Disney e Apple

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Logomarca do Netflix. (Foto: Lionel Bonaventure/AFP) (Foto: AFP)

O Netflix divulgou na terça-feira (16), os resultados financeiros do primeiro trimestre. Apesar de superar as expectativas do mercado para o período - as ações da empresa subiram cerca de 30% desde o início do ano, fechando em US$ 359,46 na terça-feira (16) - , o Netflix disse que espera uma desaceleração no crescimento de usuários para os próximos três meses. Isso é um problema, aos olhos dos analistas de mercado, frente à concorrência iminente de novos serviços de streaming de peso como Apple TV+ e da Disney +.

No período entre janeiro e março, a Netflix superou as expectativas do mercado. A empresa ganhou globalmente 7,86 milhões de novos assinantes, contra 7,14 milhões esperados. Só nos EUA houve 1,74 milhão de novos assinantes ante o 1,57 milhão esperado pelos analistas. A empresa estaria próxima de ter 150 milhões de assinantes no mundo, 60 milhões nos EUA.

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No primeiro trimestre, o lucro foi de US$ 344,1 milhões, contra US$ 290,1 milhões no mesmo período do ano passado. A receita também cresceu: de US$ 3,7 bilhões para US$ 4,52 bilhões. O faturamento veio em linha com as expectativas.

De acordo com o relatório, o Netflix prevê que terá 5 milhões de novos assinantes no período entre abril e junho, abaixo dos 5,48 milhões esperados pelos analistas.

"O que está deixando os investidores nervosos é que há sinais de desaceleração no crescimento de assinantes no segundo trimestre", disse Haris Anwar, analista da Investing.com. "Isso ficou mais evidente com a ameaça de competição da Disney e da Apple".

O serviço de streaming da Disney tem estreia marcada para 12 de novembro, enquanto o da Apple deve iniciar operações no segundo semestre.

A companhia, porém, refutou a projeção de que a entrada de novos rivais pode ter impacto em sua base de usuários. "Não prevemos que esses concorrentes afetarão nosso crescimento porque a transição para o entretenimento por demanda é muito grande e também por conta da natureza diferente de nosso conteúdo."

Não é uma questão de preço, mas de mix e produções originais

Embora alguns analistas acreditem que os consumidores acabarão pagando por mais de um serviço de streaming, justamente pelas diferenças de conteúdo entre eles, o recente movimento de aumento global de preços, de início apoiado pelos analistas por ser uma forma de aumentar os ganhos do Netflix mesmo sem um aumento exponencial no número de assinantes, pode ser um problema diante de alguns rivais.

O Disney +, que está apostando pesado em produções próprias e terá franquias de peso como Star Wars, terá um preço mensal que é praticamente a metade do Netflix nos EUA: US$ 6,99.

Durante a teleconferência com analistas, o diretor de produtos do Netflix, Greg Peters, explicou que o aumento de preços é uma estratégia de "ocasionalmente voltar aos nossos assinantes e pedir que eles contribuam um pouco mais para que possamos encontrar o próximo ciclo de crescimento". O Netflix está buscando mais receita para encontrar grandes esforços de programação original, já que Disney e outros estúdios e produtoras, ao criarem seus próprios serviços de streaming, tendem a retirar suas franquias da plataforma.

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