A Netflix está em busca de US$ 2 bilhões - dinheiro que será captado por meio da emissão de títulos de dívida da empresa, que atualmente alcança a marca dos US$ 13,5 bilhões e é crescente desde 2009. A oferta, feita em dólares e euros, foi anunciada pela companhia em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (21) e o valor arrecadado deve virar investimento em produções originais.
O reforço é estratégico, à medida que a competição por serviços de streaming aumenta com a chegada de serviços como os da Walt Disney e Apple ao mercado. Recentemente, a Netflix reiterou que espera "queimar" US$ 3,5 bilhões este para a ampliação de acervo.
Historicamente a companhia se vale do mercado de títulos de alto rendimento para financiar o seu crescimento, normalmente emitindo dívidas após seus ganhos no primeiro e terceiro trimestres - em abril e outubro, respectivamente. Neste ano, a empresa já emprestou US$ 2,24 bilhões em títulos não desejados e, à época, disse que reduziria sua dependência de financiamento. Entretanto voltou atrás no mês de julho, quando revelou que repetiria a manobra para financiar investimentos em conteúdo.
A movimentação atual acontece depois de a companhia reportar ganhos que superaram as estimativas de analistas e ver um crescimento no exterior que ajudou a acalmar preocupações dos investidores sobre uma desaceleração. A empresa gastou US$ 551 milhões no terceiro trimestre de 2019. Apesar disso, a empresa avança "lentamente" para se tornar positiva no fluxo de caixa positivo, escreveu o diretor executivo Reed Hastings em uma carta aos acionistas na semana passada.
