A Nintendo anunciou nesta sexta-feira (9) que deixará de distribuir seus produtos oficialmente no Brasil. Segundo a companhia japonesa, isso ocorre porque a empresa Gaming do Brasil, representante da companhia no país nos últimos quatro anos, encerrou suas atividades.
"O Brasil é um mercado importante para a Nintendo e lar de muitos fãs apaixonados mas, infelizmente, desafios no ambiente local de negócios fizeram nosso modelo de distribuição atual no país insustentável", disse Bill van Zyll, diretor e gerente-geral para América Latina da Nintendo, em comunicado à imprensa.
"Estes desafios incluem as altas tarifas sobre importação que se aplicam ao nosso setor e a nossa decisão de não ter uma operação de fabricação local", completou.
Ausente
A falta de ação da Nintendo no mercado brasileiro foi evidente nos últimos tempos. Não existe, por exemplo, uma versão nacional da loja online do console Wii U, lançado por aqui em 2013.
Além disso, a companhia não esteve presente nas duas últimas edições da Brasil Game Show, principal evento do segmento no país.
Segundo o executivo, a fabricante vai monitorar a evolução do ambiente de negócios brasileiro para avaliar a melhor maneira de agir no futuro.
Trajetória
A companhia japonesa, apesar de não conseguir bater de frente atualmente com os rivais Sony e Microsoft - responsáveis pelos consoles Playstation 4 e Xbox One - se notabilizou em sua trajetória por apostar em franquias próprias de sucesso como Mario Bros., Zelda e Super Smash Bros.
Apesar de focar em jogos "para toda a família" e ter em seu repertório personagens famosos, a Nintendo tem encontrado ano a ano dificuldades para lucrar. Lançado em novembro de 2012 (e importado para o Brasil no ano seguinte), o Wii U tem enfrentado resistência por parte do mercado, com 7,63 milhões de unidades vendidas no mundo.
Apesar de relevante, o número fica pequeno ao lado das vendas de PS4 (14,41 milhões) e Xbox One (7,62 milhões).
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