Em uma teleconferência com investidores em janeiro, o presidente-executivo da Apple, Tim Cook, fez uma previsão confiante: “2015 será o ano do Apple Pay”.
Desde então, a companhia vem cortejando varejistas agressivamente – e tem reivindicado sucesso significativo. “Falamos com todas as 100 maiores varejistas nos EUA, e cerca da metade aceitará o Apple Pay neste ano, com muitas mais no ano que vem”, disse recentemente um porta-voz da companhia à Reuters.
No entanto, entrevistas com analistas, empresas e outros executivos sugerem que a previsão da Apple pode ser otimista demais, e muitos varejistas continuam céticos sobre o sistema de pagamento.
Para avaliar o progresso da Apple, a Reuters trabalhou a partir da lista das 100 maiores varejistas dos EUA da Federação Nacional do Varejo, consultando as 98 que têm lojas físicas (duas das 100 maiores vendem apenas via internet). Oitenta e cinco forneceram respostas detalhadas, e 11 apenas deram informações se aceitam ou não o Apple Pay. Duas não responderam.
Apesar de algumas das maiores lojas dos EUA terem dito que usam e gostam do sistema de pagamento, menos de um quarto das varejistas disseram que atualmente aceitam o Apple Pay, e quase dois terços das redes afirmaram categoricamente que não aceitarão o sistema este ano. Apenas quatro companhias disseram ter planos de se juntar ao programa no ano que vem.
Sem demanda
As principais razões citadas por varejistas para não aceitar o Apple Pay são a demanda insuficiente de consumidores, falta de acesso aos dados gerados em transações do Apple Pay e custo da tecnologia para facilitar os pagamentos.
Algumas empresas disseram que não estão adotando o sistema pois planejam participar de um novo sistema de pagamentos móveis que será lançado por uma coalizão de varejistas mais tarde neste ano.
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