Quando existe a opção, o que você prefere: Wi-Fi ou 4G? Um estudo feito pela consultoria OpenSignal revelou que, embora muita gente responda “Wi-Fi”, na maioria dos países analisados a conexão móvel 4G é mais rápida para acessar a internet.
De acordo com a OpenSignal, em 50 países (63% dos 80 analisados) as redes 4G são mais rápidas do que as conexões Wi-Fi, em média. Considerando todas as conexões móveis (4G, 3G e 2G), a superioridade delas em relação ao Wi-Fi diminui, mas se mantém elevado: em 33 países (41%), essas conexões ainda são mais rápidas que o Wi-Fi.
O relatório nota que não há um padrão na relação entre riqueza do país e superioridade das conexões móveis. Austrália e França, por exemplo, estão nesse grupo, junto com Bolívia, Croácia, México e África do Sul.
No Brasil, a velocidade média de download no Wi-Fi auferida pela OpenSignal foi de 13,9 Mb/s; a das redes móveis foi de 12,3 Mb/s. Considerando apenas o 4G, porém, essa média sobe para 18,4 Mb/s.
Apesar dos números, o relatório indica uma “suposição da indústria” de que o Wi-Fi é melhor que as conexões móveis quase sempre. Para a OpenSignal, três fatores explicam isso:
* Quando os smartphones foram lançados, em 2007, o Wi-Fi realmente era mais rápido. O primeiro iPhone só funcionava nas lentas redes 2G e, no início, a rede 3G, embora mais rápida, ficava rapidamente congestionada, o que causava lentidão;
* O Wi-Fi é mais barato. Em casa ou no escritório, não há custos marginais ao usuário; e
* Redes Wi-Fi dependem de banda larga fixa e essas raramente têm limites de franquia.
Para a consultoria, as operadoras e as fabricantes de smartphones devem revisar suas estratégias com Wi-Fi, principalmente no alívio das demandas de conexão para as móveis, na seleção automática do tipo de conexão e na cobertura em ambientes fechados. Hoje, a maioria dos smartphones desconsidera a velocidade e prioriza o Wi-Fi, o que nem sempre é a melhor escolha.
Apesar disso, o Wi-Fi continuará existindo e sendo importante. Por operar em uma faixa de espectro livro e que dispensa licenças especiais, o aumento da capacidade é mais barato e rápido. Outra vantagem é que a compatibilidade é universal — isso deverá se tornar mais importante com a chegada do 5G, que, a princípio, ficará restrito a smartphones novos e mais caros.
O relatório completo da OpenSignal pode ser lido aqui (PDF, em inglês).