Entre os líderes do G-20 há o consenso de que "nenhum país tem de parar medidas anticíclicas que vinham tomando. A crise não acabou", afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista coletiva ao final do encontro do G-20, em Pittsburgh (EUA). O presidente deu destaque para políticas que promovam o aumento do emprego no mundo.
"Uma das preocupações é de que a volta do crescimento não significa volta dos empregos. Portanto, é preciso que haja investimento em setores que gerem empregos", disse ele. No Brasil, Lula estima que a economia vai crescer pelo menos 5% no próximo ano.
O presidente avaliou que a crise está menor em alguns países, mas "está mais forte em outros. É importante não descuidar da prioridade de uma política econômica que faça um país se desenvolver", avalia. "Eu até citei o exemplo do Brasil de que este ano, com a recuperação econômica, nós vamos chegar ao final do ano com aproximadamente 1 milhão de empregos novos e com carteira profissional assinada", contou.
Outra decisão derivada deste encontro do G-20, citou Lula, é o acordo na visão de todos os presidentes de que o sistema financeiro precisa ser regulado para que não aconteçam "desatinos" como os ocorridos no ano passado, permitindo que a crise acontecesse. "Saio com a convicção de que o G-20 passa a cumprir um papel excepcional na nova ordem econômica, no sistema financeiro e em estabelecer regras para o emprego", disse Lula.
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