Carlos Brunhara, da Tena Mobília, incubada no Hotel Tecnológico da UTFPR: espaço para “redesenhar a roda” para a modernidade| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Thiago Barão, 23 anos, e Guilherme Moschen, 24, mal pegaram o diploma do curso de Tecnologia em Informática da UTFPR, em Curitiba, e já mostram como a cultura empreendedora é difundida na Hotel Tecnológico da instituição. Juntamente com outro colega de turma, Rômulo De Lazzari, Barão e Moschen fundaram a Cuba Games, empresa especializada em jogos para o mercado publicitário, também chamados de "advergames". A empresa se graduou na pré-incubadora e se lançou no mercado. Agora em sede própria, os jovens empresários já sentem a diferença. "A parte de custos muda muito. Agora temos que pagar aluguel, telefone, luz, internet... Na incubadora não tinha nada disso", conta Thiago Barão. A parte boa, diz ele, é que fora do Hotel Tecnológico a Cuba Games não é mais vista como uma "empresa júnior".

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Numa fase anterior à incubação, a pré-incubadora trabalha com projetos de produtos, antes de haver uma empresa constituída. A idéia é aprimorar uma idéia, verificar se há mercado para determinada novidade tecnológica até que ela alcance maturidade suficiente para ser desenvolvida por uma empresa. Depois disso, a empresa pode ir para uma incubadora ou lançar-se no mercado.

Foi o caso da Cuba Games: os jogos de computador desenvolvidos são usados por empresas em campanhas publicitárias e de marketing. Um dos clientes recentes foi a cadeia de sanduíches Subway.

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"O Hotel Tecnológico dá uma referência de inovação. Você não vai inventar a roda, mas pode redesenhá-la para a modernidade", diz o estudante de Design de Móveis Carlos Alberto Brunhara, um dos sócios da Tena Mobília, projeto de empresa "hospedado" há cerca de um ano no hotel da UTFPR. A Tena planeja fabricar móveis de maneira sustentável, utilizando-se de resíduos industriais, principalmente madeira e plástico. Dentro da pré-incubadora, os sócios buscam solucionar algumas questões que tornarão a Tena uma empresa viável: entre elas, como garantir um fornecimento constante da matéria-prima e como alcançar uma escala que barateie os custos de produção.

O desafio é grande, mas o sonho de Brunhara também: "Em dez anos, eu vejo uma empresa muito bem colocada e concorrendo inclusive no mercado externo", garante ele.