Os projetos do agronegócio principalmente em ampliação de infra-estrutura de armazenagem e das indústrias de móveis e de alimentos devem puxar os investimentos produtivos no Paraná, segundo o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
A previsão é que os volumes de desembolso cheguem a R$ 437 milhões nesse ano e alcancem R$ 500 milhões em 2009 no Paraná. O BRDE é um dos principais repassadores de recursos do BNDES nos três estados da Região Sul.
"Há muita apreensão em torno da crise. As empresas estão pisando em ovos, mas alguns projetos serão mantidos, como os de investimentos em logística da agroindústria", resume o superintendente da agência do BRDE em Curitiba, Carlos Olson.
Para Olson, as atenções dos bancos oficiais se voltam agora para linhas que vão ajudar as empresas a passar pelo momento de turbulência. A redução do crédito no mercado já teve reflexo no aumento da procura por linhas de capital de giro. "As empresas precisam do crédito de curto prazo, essencial para o funcionamento do dia-a-dia", diz.
Uma mudança preocupante, no entanto, é o aumento de consultas de pedidos de alongamento de prazos de pagamento e ampliação de períodos de carência. "Por enquanto são ações preventivas, mas indicam que podemos ter rolagem de dívidas em 2009", afirma.