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Quando está em casa – e ele é extremamente caseiro –, Hugo Rodríguez é leitor voraz. Mas não se prende a livros de negócios nem à famigerada auto-ajuda. O que ele realmente aprecia é o realismo fantástico latino-americano. Seu escritor favorito é o peruano Mario Vargas Llosa, mas na estante também há espaço para o colombiano Gabriel García Márquez e os argentinos Julio Cortázar e "o louco do Jorge Luís Borges". "Você já leu ‘O Alef’? Aquilo é uma viagem só", brinca Rodríguez, que gosta de ler todos os romances no original para manter seu contato com a língua espanhola.

Em São Paulo, o hobby era velejar. Agora, é cozinhar, coisa que aprendeu com a avó e aprimorou depois da morte da primeira mulher. Há alguns meses, ele fez sua primeira "noite peruana": durante três noites, depois do trabalho, preparou 12 pratos típicos de seu país para servir a alguns amigos. Gostou tanto que pretende repetir a dose em breve.

"Ele curte demais ficar com a família. Quando chegamos em casa, divide todas as tarefas domésticas, brinca com as crianças, com o cachorro. Adora ver documentários, programas sobre música clássica e sair com o carro a esmo pela cidade, conversando com as crianças", conta Christina, a esposa.

As crianças são a filha dela, de 15 anos, e uma das filhas gêmeas de Rodríguez. A outra gêmea cursa faculdade de moda em São Paulo, e o filho mais velho trabalha como garçon em Paris, onde vai se formar como chef de cozinha no ano que vem. Christina também revela que o marido é apaixonado por futebol. Sempre torceu pelo Universitário, do Peru, e no Brasil virou são-paulino roxo. Detalhe: ele também tem suas preferências no Paraná. Mas isso, diz ela, é melhor não contar aos clientes. (FJ)

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