A Nokia, maior fabricante mundial de celulares, afirmou que 46 milhões de baterias usadas em seus modelos de aparelhos podem apresentar superaquecimento, o que levou a companhia a anunciar um recolhimento mundial dos acessórios de consumidores que se sentirem lesados.
A marca finlandesa afirmou que as baterias modelo "BL-5C" foram fabricadas pela parceira japonesa Matsushita Electric - dona da marca Panasonic - entre os meses de dezembro de 2005 e novembro de 2006.
- A Nokia identificou casos raros em que a bateria (BL-5C) pode experimentar superaquecimento, iniciado por um curto-circuito durante a recarga, o que obrigaria o usuário a tirá-la do aparelho - afirmou a Nokia em comunicado.
A companhia afirmou que foi informada de 100 casos de superaquecimento destes acessórios no mundo, mas não foram registrados usuários que tenham sido feridos gravemente.
Em comunicado, a representação da Nokia do Brasil reforçou que "é importante notar que a bateria BL-5C não é usada em todos os produtos Nokia e que apenas uma parcela das baterias BL-5C Nokia em uso estão sujeitas a este alerta" e recomendou que os consumidores visitem o site www.nokia.com/batteryreplacement ou contatem o número 0800-770-1282, "implementado especificamente para clientes que identifiquem terem essa bateria em seu aparelho ou queiram mais esclarecimentos sobre o tema".
Os profissionais do serviço de atendimento ao cliente da Nokia também estão orientados a esclarecer consumidores brasileiros nos telefones 4003-2525 (preço de ligação local de qualquer parte do país) e (11) 5681-3333 (nas localidades onde não há o serviço 4003).
O modelo "BL-5C" de bateria é o mais usado mundialmente. Produtores da Matsushita teriam entregue mais de 300 milhões destes acessórios para a Nokia.
A Nokia afirmou que um eventual recolhimento mundial destes acessórios deverá ter impacto financeiro e que está negociando com a Matsushita para que a parceira japonesa assuma os custos dos consumidores.
O analista Richard Windsor, da consultoria Nomura, estima que o recolhimento deve gerar 100 milhões de euros de prejuízo à Nokia - cerca de US$ 137 milhões.
- Historicamente, quando existe um problema desta natureza, o fabricante do eletrônico tem que pagar - afirmou à Reuters.
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