A Nokia declarou guerra ao mercado de telefones inteligentes dos Estados Unidos ao apresentar um aparelho equipado com o sistema operativo móvel da Microsoft, disposto a competir com o iPhone, da Apple, e com os dispositivos que funcionam como o Android, da Google.
O chefe da Nokia, Stephen Elop, apresentou nesta segunda-feira junto ao presidente executivo da Microsoft, Steven Ballmer, o novo 'smartphone' Lumia 900, que estará equipado com o software Windows Mobile e oferecerá uma ampla variedade das cada vez mais populares aplicações.
As duas empresas não revelaram o preço ou a data de lançamento do Lumia 900, mas disseram que ele será oferecido exclusivamente na rede de última geração 4G LTE do gigante das telecomunicações ATT.
"Cremos que a indústria passou de uma batalha de dispositivos para uma guerra de ecossistemas", disse Elop, em uma apresentação carregada de metáforas bélicas.
"É evidente que há fortes contingentes nesta guerra dos ecossistemas", disse ele em uma sala repleta de jornalistas horas antes da inauguração da Feira Internacional de Eletrônica de Consumo (CES) em Las Vegas, Nevada (oeste), o grande encontro anual do setor.
A Nokia, com sede na Finlândia, apresentou em outubro a linha Lumia, que Elop descreveu como "os verdadeiros primeiros telefones do Windows", que já haviam estabelecido "cabeças de ponte" (termo militar que alude ao início de uma ofensiva) na Europa, Índia e Hong Kong.
A companhia prevê começar sua "invasão" americana no dia 11 de janeiro, com o modelo Lumia 710, que custará 49 dólares e será adquirido com contratos de serviço de T-Mobile.
"O trabalho da Nokia com o telefone do Windows e com este terceiro ecossistema realmente valerá a pena", disse Ballmer, acariciando um elegante telefone com tela tátil Lumia 900.
Ballmer elogiou a Nokia por colocar os telefones no mercado menos de um ano depois de chegar a um acordo com a Microsoft para utilizar seu software para telefones móveis e sua rede em linha, que conta com 50.000 aplicações.
Os smartphones e os tablets vão contribuir para dar novo impulso às vendas mundiais de eletrônicos de consumo, que devem chegar a mais de 1 trilhão de dólares em todo o mundo, em 2012, de acordo com as previsões de analistas da indústria.
"A comercialização da maioria dessas categorias de produtos, no entanto, passou por um momento de contração", disse Steve Bambridge, diretor internacional da GfK Boutique Research, na véspera da inauguração da Feira Internacional de Eletrônica de Consumo (Consumer Electronics Show, CES) em Las Vegas, Nevada (oeste de Estados Unidos).