Segundo os resultados da Pnad Contínua, o número de trabalhadores com carteira assinada aumentou em 1,8 milhão em todo o país, passando para 36,9 milhões de pessoas| Foto: Antônio More/Gazeta do Povo.

O Nordeste liderou, em 12 meses até junho passado, a criação de vagas no mercado de trabalho, com um milhão de postos, de um total de 1,5 milhão em todo o país, segundo o IBGE.

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Desse total, 582 mil são empregos na iniciativa privada com carteira assinada. O resto são empregos informais e pessoas trabalhando por conta própria. A população com carteira assinada na localidade avançou 10% com esse resultado.

A informação consta da Pnad Contínua, pesquisa trimestral do instituto que coleta dados em todo o país. No Brasil, a população ocupada cresceu, nesse período, de 90,6 milhões para 92,1 milhões de pessoas.

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O grande volume de vagas criado ajudou a diminuir a taxa de desemprego na região no período, de 10% para 8,8% do total de pessoas com 14 anos ou mais.

Esse menor porcentual de desocupados, no entanto, ainda dá ao Nordeste o maior grau de desemprego entre as cinco regiões no segundo trimestre de 2014. A média nacional no período foi de 6,8%, segundo a Pnad Contínua.

Para Cimar Azeredo, Coordenador de Trabalho e Rendimento, a criação de vagas é resultado de melhora no cenário econômico da região. "Foi um movimento econômico que favoreceu a melhora dessas taxas".

Sobre as causas, ele não descartou o efeito de Copa, mas disse que não era possível atribuir aos eventos. "Houve Copa em outras regiões também", disse. O Nordeste teve quatro sedes para os jogos - Salvador, Recife, Fortaleza e Natal- o maior número entre as regiões.

Ele também descartou o efeito eleições, uma vez que as campanhas ainda não estavam acontecendo de forma intensa.

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Fora do mercado

O Nordeste também mostra o maior porcentual de pessoas fora do mercado. Do total de pessoas com idade para trabalhar, 43,1% não estavam procurando ocupação no segundo semestre. A média nacional é de 38,9%.

Com isso, o Nordeste tem o menor porcentual de pessoas ocupadas em todo o país: 51,9% do total de sua força de trabalho, contra 56,9% do Brasil. O Norte tem taxa próxima à nacional, de 56,8%, e as demais regiões têm taxa de ocupação superior à média nacional.

É no Nordeste que se verifica o maior porcentual de pessoas trabalhando por conta própria do país: 29,8%, ante uma média nacional de 22,9%.

Para o IBGE, a criação de vagas nos 12 meses encerrados em junho veio com forte carga de formalização do emprego.

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Isso porque, segundo os resultados da Pnad Contínua, o número de trabalhadores com carteira assinada aumentou em 1,8 milhão em todo o país, passando para 36,9 milhões de pessoas.

Mulheres conseguiram mais vagas

Embora registrem, historicamente, um maior grau de desemprego do que os homens, as mulheres conseguiram melhorar mais a taxa de desocupação do que eles, entre o segundo trimestre de 2013 e o de 2014.

Foram as mulheres, portanto, que melhoraram a taxa de desemprego, em um ano e também na variação trimestral da Pnad Contínua.

No segundo trimestre de 2013, 9,3% das mulheres com idade para trabalhar encontravam-se desempregadas, ou seja, buscavam emprego, contra 6% dos homens. Em igual período de 2014, 8,2% delas procuram vaga, contra 5,8% dos homens.

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A taxa nacional variou, no período, de 7,4% para 6,8% do total de pessoas com idade para trabalhar.

Entre o primeiro e o segundo trimestre de 2014, o desemprego entre elas recuou de 8,7% para 8,2%, enquanto eles reduziram de 5,9% para 5,8%. No país, a taxa caiu de 7,15 para 6,8%.