São Paulo Estudo do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou que a maior proporção de ocupados ganhando até um salário mínimo está na região Nordeste. A partir de dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese de 2005 de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal, a entidade mostrou que a cidade de Recife é a que tem maior número de ocupados ganhando até um salário mínimo, com quase 39,9% dos empregados. Em seguida, aparece Salvador, com 37,1%.
O menor porcentual foi verificado em Porto Alegre, onde 12,8% dos ocupados ganham até R$ 350, e no Distrito Federal, com 16,9%. O resultado de São Paulo é semelhante, com 17,3% dos ocupados recebendo até um salário mínimo. Em Belo Horizonte, 24,6% dos trabalhadores estão nessa faixa salarial.
O Dieese ressaltou que, nas cinco regiões, a maior parte dos ocupados recebe entre um e dois salários mínimos, com exceção a São Paulo, onde é mais freqüente a faixa salarial entre dois e cinco mínimos (35,2% dos ocupados).
Com relação ao perfil de remuneração segundo as categorias de ocupação, o Dieese constatou a importância do salário mínimo para os assalariados do setor privado, com ou sem carteira assinada, e para os trabalhadores domésticos. Entre 23% a 25% dos trabalhadores sem carteira assinada de Belo Horizonte, Salvador e Recife recebem exatamente R$ 350. Já no Distrito Federal, a proporção é de 17,5%, e em Porto Alegre e São Paulo oscila entre 11% e 13%.
A proporção dos trabalhadores com carteira assinada que recebem um salário mínimo já é bem inferior, como se pode ver nos resultados de Recife e Salvador, com cerca de 15% dos trabalhadores nesta situação; Belo Horizonte, com 9%; Distrito Federal com 6%; e Porto Alegre e São Paulo com 2%.
No caso dos domésticos, em Salvador 43% recebem um salário mínimo, e cerca de 33% dos trabalhadores de Recife, Distrito Federal e Belo Horizonte estão na mesma situação. Em Porto Alegre e São Paulo, é o caso de 13% a 16% dos trabalhadores domésticos. Já entre os autônomos, sobressai a incidência de remunerações inferiores a um salário mínimo. Em São Paulo, Recife e Salvador, cerca de 50% dos autônomos recebem menos que R$ 350.