Carlópolis – Uva em Japira, maçã em São Sebastião da Amoreira, pêssego em Conselheiro Mairinck, lichia em Carlópolis, morango em Jaboti, melancia em Jundiaí do Sul, banana em Andirá. A fruticultura está se expandindo a cada ano no Norte e Norte Pioneiro do Paraná, incentivada pelos lucrativos resultados apresentados nas últimas safras.

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Bom para os produtores, excelente para a economia das pequenas cidades. De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab), a cada hectare ocupado com frutas são criados entre 10 a 15 empregos diretos. Em uma cultura tradicional, como a soja por exemplo, são no máximo 2 empregos.

Porém, apesar do crescimento estimado em 5% ao ano, dos quase 900 mil hectares de área agricultáveis da região, apenas cerca de 7 mil estão reservados para a fruticultura. Ou seja, ainda há muito espaço para a cultura se desenvolver.

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Entre as frutas produzidas na região, a liderança em área e produção ainda é da banana, que tem quase 2 mil hectares, 1, 6 mil somente em Andirá, um dos maiores produtores paranaenses. Logo atrás está a laranja, com pouco mais de mil hectares.

Segundo o economista do Deral José Antonio Gervásio, de Jacarezinho, a fruticultura está ganhando espaço porque os pequenos produtores estão descobrindo que o solo e o clima da região são propícios para o setor. "Além disso, o lucro médio com um hectare de fruta pode ultrapassar R$ 4 mil", explica Gervásio. Numa cultura tradicional como a soja, o lucro não passa de R$ 500 na mesma área.

Empresa rural

Não são apenas os pequenos produtores que estão investindo na nova opção. Em Cornélio Procópio, o agricultor Tomita Itimura ocupou quase 800 hectares com banana, nectarina, pêssego e uva. Ele resolveu dar caráter empresarial à sua atividade. Tudo que é produzido nas fazendas já sai embalado e vai direto para as gôndolas dos supermercados dos grandes centros. "Até 1989, trabalhávamos com a soja, o trigo e o rami (fibra usada na fabricação de tecido). Foi quando resolvemos apostar no pêssego. Percebemos que daria certo e fomos investindo pouco a pouco", relata Marco Antonio Machado, diretor de comercialização do grupo Itimura.

Outro exemplo vem de São Sebastião da Amoreira, onde o plantio da maçã teve início há seis anos. Na safra deste ano foram colhidas 900 toneladas do produto.

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"Aqui a maçã está mudando a vida dos pequenos produtores", sustenta a secretária municipal da Agricultura e Meio Ambiente de São Sebastião da Amoreira, Lucilene Antoniassi.