O Partido Republicano, que tem a maioria na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, apresentará uma proposta para ser votada na próxima semana no plenário da Casa, que elevará o limite da dívida do país em US$ 2 trilhões, afirmaram assessores. No entanto, as expectativas são de que a medida fracassará. O movimento foi sugerido no mês passado por Eric Cantor, uma das principais lideranças republicanas no Congresso, como um meio de demonstrar aos democratas e ao governo de Barack Obama que o aumento do limite da dívida não será possível sem anexar rigorosos controles de gastos à medida.
Um alto assessor republicano da Câmara afirmou que a decisão foi tomada para ir adiante com uma votação teste na próxima semana, depois que a liderança ficou sabendo que vários congressistas republicanos queriam o voto. Um aumento no limite de endividamento do país em US$ 2 trilhões seria suficiente para dar suporte ao financiamento do governo federal durante as eleições para a Presidência e Congresso em novembro de 2012, disseram os assessores.
A liderança republicana informará os membros do partido da decisão em uma reunião regular em breve. Os republicanos disseram repetidas vezes que não apoiarão um aumento do limite de endividamento do país, que é atualmente de US$ 14,29 trilhões sem a inclusão de reduções consideráveis de gastos e outras medidas de contenção de despesas futuras do governo federal.
O limite foi oficialmente atingindo na semana passada, embora o secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner, tenha disto que poderá administrar ativos para evitar a inadimplência do governo federal até 2 de agosto.
Se o governo norte-americano não conseguir honrar suas obrigações financeiras, o impacto sobre a economia dos EUA poderá ser desastroso, alertaram economistas. Isso pode levar o país a perder seu rating (nota) de crédito AAA, o mais alto possível, aumentando drasticamente os custos dos empréstimos, a desvalorização do dólar e paralisando muitos serviços do governo federal.
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