O investidor continuou a fugir da bolsa na rodada de negócios de ontem. As notícias um pouco mais favoráveis sobre emprego nos EUA não reverteram a disposição. Nesse quadro, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acumulou o sexto dia seguido de perda. "O sentimento de aversão ao risco está instalado no mercado, após semanas de notícias ruins da economia americana", diz Paulo Hegg, da mesa de operações da Um Investimentos.
Em uma das poucas notícias positivas da semana, a demanda pelos benefícios do auxílio-desemprego nos EUA foi menor do que o esperado, o que normalmente é visto como um bom sinal. A fraca recuperação do emprego é citada por muitos economistas como um dos pontos mais delicados na retomada dos EUA.
As bolsas, no entanto, mal refletiram o bom indicador. A Bovespa finalizou o pregão com perda de 1,44%, e desde quarta-feira da semana passada acumula uma queda de quase 6%. Nos EUA, a Bolsa de Nova York retrocedeu 0,74%, de acordo com o índice Dow Jones, uma referência mundial para os investidores. As bolsas europeias foram a exceção: em Paris e Londres, as ações subiram 0,7% e 0,9%, respectivamente.
Além da sintonia fina com a praça de Nova York, a bolsa brasileira se ressente ainda de outra questão: um de seus carros-chefe, as ações da Petrobras, sofrem com a novela da capitalização. Os desmentidos e dúvidas sobre as características mais fundamentais dessa operação abocanharam mais de 25% do valor daqueles ativos somente neste ano. Ontem, os papéis da petrolífera voltaram a cair quase 2%.
O dólar teve um dia pouco volátil ontem (entre R$ 1,758 e R$ 1,764), estancando em R$ 1,762, o que representa uma queda de 0,22% sobre o fechamento anterior.
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