Sindicatos que representam 1,3 milhão de servidores sul-africanos estão ameaçando entrar em greve em duas semanas, mas a ação não deve interferir com a Copa do Mundo, cuja partida final acontece no domingo.
Os funcionários do governo se juntam ao trabalhadores do setor industrial, cuja recente ameaça de paralisação poderia ter interferido com o maior evento esportivo do mundo, constrangendo o governo do presidente Jacob Zuma.
Mas os sindicatos comunicaram nesta segunda-feira que podem levar duas semanas para mobilizar os trabalhadores e que ainda têm esperanças de resolver a disputa.
"Não nos resta outra escolha além de cogitar a opção mais grave, que é a greve", disse John Malukele, negociador-chefe do Congresso dos Sindicatos Sul-africanos (Cosatu na sigla em inglês).
Quatorze sindicatos afiliados ao poderoso Cosatu ameaçaram entrar em greve.
"Pode ser em duas semanas, tudo depende de quando conseguirmos um mandato do cinco sindicatos de professores que voltarão às aulas no dia 13 de julho", disse Malukele.
Os sindicatos disseram que os trabalhadores, incluindo enfermeiras, policiais, professores e outros servidores do governo como agentes de imigração, recusaram um aumento de 6,5%.
Eles exigem um aumento de salário de 8,5%, acima da inflação, e o dobro do auxílio-moradia de mil rands (135 dólares) por mês.
Em uma disputa separada, sindicatos ligados à estatal de energia Eskom descartaram no domingo entrar em greve após receber uma proposta de aumento de salário maior, pondo fim às preocupações de falta de energia durante o Mundial.
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