Em meio a fortes discussões nos Estados Unidos sobre a segurança e privacidade de dados dos usuários em celulares e aplicativos de mensagens, o WhatsApp anunciou nesta terça-feira (5) que incrementou a criptografia do conteúdo transmitido por meio do app.
Segundo a empresa, de propriedade do Facebook, o aplicativo vai passar a utilizar uma nova tecnologia chamada de “criptografia completa de ponta a ponta”, conhecida como end-to-end encryption, no termo em inglês. Por meio deste recurso, fica garantido que, quando o usuário envia uma mensagem, a única pessoa que pode ler é a pessoa ou grupo de chat para o qual foi endereçada essa mensagem.
“Ninguém pode ver o que há dentro dela (da mensagem), nem cibercriminosos, hackers, regimes opressivos, nem mesmo nós. A criptografia de ponta a ponta ajuda a tornar a comunicação via WhatsApp privada – como uma espécie de conversa cara-a-cara”, escreve o fundador e CEO do WhatsApp, Jan Koum, em comunicado divulgado nesta terça.
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Leia a matéria completaApós a atualização para a versão mais recente do aplicativo, já disponível, a criptografia completa é ativada por padrão e em todo o tempo.
Disputa
No comunicado, o fundador do WhatsApp faz menção, de forma velada, à disputa recente entre o FBI e a Apple, que envolveu um pedido judicial para a gigante de tecnologia desbloquear um iPhone do autor do tiroteio de San Bernardino, na Califórnia (EUA), em que morreram 14 pessoas. A Apple se negou a liberar o acesso ao aparelho, argumentando que não tinha tecnologia para tal e que isso poderia gerar um precedente perigoso. Ao fim, o FBI afirmou que conseguiu desbloquear o celular por conta, com a ajuda de outra empresa.
“A criptografia é uma das ferramentas mais importantes que os governos, empresas e indivíduos têm para promover a segurança na nova era digital. Recentemente, tem havido muita discussão sobre os serviços criptografados e o trabalho da Justiça. Embora reconheçamos o importante trabalho da Justiça em manter as pessoas seguras, os esforços para enfraquecer a criptografia arriscam a exposição de informações dos usuários ao abuso de criminosos virtuais, hackers e regimes opressivos”, afirma Koum.
O CEO do WhatsApp diz, no comunicado, que o desejo de proteger a comunicação privada das pessoas é uma das crenças fundamentais da empresa e, para ele, uma questão pessoal. “Eu cresci na União Soviética durante o regime comunista, e o fato de que as pessoas não podiam falar livremente é um dos motivos que fizeram minha família se mudar para os Estados Unidos”, escreve.
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