Produtos da Amazon sendo vendidos na Whole Foods.| Foto: Phillip Pessar/Flickr

Em 2017, vimos algumas aquisições grandes acontecerem. Em alguns casos, elas consolidaram a posição de um player dominante em seu segmento. Em outros, garantiram um pé firme em segmentos incipientes e promissores. Em todos os casos, alteraram o cenário em que as empresas envolvidas estão inseridas.

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Selecionamos cinco grandes aquisições ocorridas ou iniciadas no ano. Confira:

Disney adquire a 21st Century Fox

A mais recente do grupo e a maior em valor, a compra da 21st Century Fox, conglomerado de mídia de Rupert Murdoch, custou US$ 66,1 bilhões à Disney — US$ 52,4 bilhões em ações e o restante, de dívidas assumidas.

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Com a aquisição, a Disney consolidará franquias de sucesso no cinema e na TV, participações em canais, operadoras e serviços de distribuição de conteúdo e fortalecerá a oferta de eventos esportivos nos Estados Unidos.

O negócio já tem o sinal verde dos conselhos de ambas as empresas, mas ainda precisa ser aprovado por acionistas e órgãos antitruste.

Leia também:Netflix, X-Men e futebol: o que pode mudar com a compra da 21st Century Fox pela Disney

Amazon adquire a Whole Foods

Nos Estados Unidos e, cada vez mais, em outros países, a Amazon se torna sinônimo de varejo. Os preços super competitivos e a eficiência logística conquistam até o consumidor mais desconfiado. Quando a empresa de Jeff Bezos, o homem mais poderoso do mundo, sinaliza a entrada em um novo segmento, é normal que empresas que atuam nele sintam o impacto no valor das suas ações — como ocorreu com as farmacêuticas recentemente.

A compra da Whole Foods, uma rede de mercados focada em alimentos saudáveis, por US$ 13,7 bilhões consolidou a atuação da Amazon no ramo de alimentos frescos. Além disso, os 430 pontos de venda e de distribuição fortalecem ainda mais a logística invejável da Amazon. Não à toa, foi a aquisição mais cara em toda a história da empresa, muitas vezes acima da anterior, a Zappos, por US$ 1,2 bilhão em 2009.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

Qualcomm adquire a NXP Semicondutores

A Qualcomm, de San Diego, pagou US$ 47 bilhões pela holandesa NXP Semicondutores, empresa derivada da Philips e especializada em chips para automóveis e de comunicação a curta distância. De acordo com o Wall Street Journal, o negócio é uma cara aposta de que o carro, cada vez mais conectado e, em breve, com direção autônoma, será o próximo smartphone no sentido de demandar componentes em escalas grandiosas.

Em 2017, a Qualcomm recusou uma oferta de compra ainda maior, de mais de US$ 100 bilhões, da rival Broadcom. O valor, segundo comunicado à imprensa, foi considerado baixo pelo conselho de diretores da empresa e poderia causar desconforto junto a órgãos regulatórios.

Natura adquire a The Body Shop

Com o objetivo de ganhar espaço em mercados internacionais, em junho a curitibana Natura pagou € 1 bilhão à L’Oreal pela aquisição da The Body Shop, rede britânica de lojas de cosméticos, perfumes e produtos para a pele.

A aquisição expandiu a presença da Natura, que atua com três marcas — além da homônima e da The Body Shop, a Aesop —, para 69 países.

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Itaú adquire parte da XP Investimentos

Após ancorar seu crescimento sob o slogan “desbancarize seus investimentos”, a corretora XP Investimentos ganhou, como sócio, o maior banco privado da América Latina, o Itaú Unibanco, que, em maio, pagou R$ 5,7 bilhões, mais um aporte de R$ 600 milhões, por 49,9% da fintech. A aquisição colocou o valor da XP em R$ 12 bilhões.

Bônus: Livraria Cultura adquire Fnac e Estante Virtual

No apagar das luzes de 2017, a Livraria Cultura anunciou a compra da Estante Virtual. O valor da aquisição não foi revelado, mas o objetivo é evidente: fortalecer a presença online da livraria, pioneira no comércio eletrônico brasileiro.

Foi a segunda grande aquisição da Cultura no ano. Em junho, ela havia adquirido a operação brasileira da Fnac, que inclui as 12 lojas físicas da rede francesa no país e o e-commerce. O valor da aquisição também não foi divulgado.

Em 2017, a Livraria Cultura abriu novas unidades, passou a vender seus produtos em marketplaces de terceiros e iniciou a venda de livros de segunda mão. As duas aquisições e as mudanças feitas no site têm por objetivo aumentar o volume de transações online em 60% ao longo dos próximos dois anos.