Unicórnio, termo usado para se referir a uma startup de software avaliada em mais de US$ 1 bilhão.| Foto: Kaboompics/Pexels

O ano mal começou, mas o Brasil já colocou três startups no chamado “clube dos unicórnios”, as que ultrapassam a barreira de US$ 1 bilhão em valor de mercado. Nesse período, 99, PagSeguro e Nubank conseguiram, cada uma à sua maneira, chegar a esse valor.

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O bom desempenho do trio é fruto da atração que elas e outras candidatas a unicórnio têm causado em investidores. Com produtos e serviços de apelo e grande potencial de escala, a lista de unicórnios verde e amarelo deve crescer nos próximos anos

Confira, abaixo, algumas dessas candidatas.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

Ebanx

O Ebanx, fintech com sede em Curitiba, foi fundado em 2012 e conseguiu se estabelecer sem aportes de terceiros. A startup processa pagamentos de empresas estrangeiras atuantes no Brasil e em alguns países da América Latina, e tem escritórios em Curitiba, São Paulo e Londres. Entre os clientes do Ebanx, estão Airbnb, AliExpress, Sony e Spotify.

Em janeiro, o Ebanx recebeu seu primeiro aporte do fundo norte-americano FTV Capital, no valor de US$ 30 milhões. O dinheiro será gasto, principalmente, em expansão geográfica — a expectativa é entrar em quatro novos países latino-americanos e abrir um escritório em São Francisco, nos Estados Unidos.

GuiaBolso

Com mais de 3 milhões de usuários no Brasil, a faceta mais visível do GuiaBolso para o usuário é o seu aplicativo de controle financeiro. Nos bastidores, sua tecnologia exclusiva de agregação de contas bancárias permite a ela análises de risco mais acertadas que são revertidas em empréstimos com juros mais condizentes com o risco real.

O GuiaBolso já teve quatro rodadas de investimentos. A última, liderada pela Vostok em outubro de 2017, injetou US$ 39 milhões na empresa. Entre os planos para o futuro próximo, está o lançamento de um cartão de crédito próprio.

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iFood

O aplicativo de pedir comida foi fundado em 2011 e adquirido pela Movile em 2014, durante uma fase de forte expansão da empresa. Até aquele momento, só a Movile já havia investido R$ 5 milhões no iFood.

Hoje, o iFood atende 5 milhões de clientes no Brasil e em outros países da América Latina, como Argentina, México e Colômbia. A empresa adquiriu outras startups rivais, como a gaúcha Devorando em 2016; e a tecnologia da norte-americana SpoonRocket, no mesmo ano, a fim de diminuir o tempo de espera dos clientes.

Em dezembro de 2017, a Movile recebeu um aporte de US$ 82 milhões do fundo de investimentos brasileiro Innova Capital, de Jorge Paulo Lemann, e do gripo sul-africano Naspers. A maior parte dele está sendo usado para financiar a expansão do iFood na América Latina.

O mercado espera que tanto a Movile, que já recebeu cerca US$ 270 milhões em aportes desde 2014, quanto o iFood, que captou US$ 91,9 milhões em seis rodadas de investimentos, atinjam valor de mercado de US$ 1 bilhão.

Neoway

Sediada em Florianópolis, a Neoway viabiliza a análise de dados baseadas em computação na nuvem a fim de que empresas criem soluções que beneficiem seus negócios. A empresa, fundada em 2002 pelo engenheiro Jaime de Paula, é considerada uma pioneira em big data no Brasil.

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A empresa recebeu três aportes entre 2015 e 2017, mas apenas um teve o valor divulgado — US$ 45 milhões em junho de 2017, da QMS Capital. A Neoway tem escritórios em Florianópolis, São Paulo e Nova York, e, entre seus clientes, o banco Santander, a Microsoft e a Votorantim.

PSafe

Empresa especializada em segurança digital, a PSafe tem 20 milhões de usuários mensais dos seus vários apps para Android, sendo 4 milhões nos Estados Unidos, mercado que passou a ser prioritário em 2017 e onde a empresa tem um escritório, em São Francisco.

A PSafe foi fundada em 2010 e teve, até o momento, cinco rodadas de investimentos. A última, liderada pela Pinnacle Ventures,Qihoo 360 e Redoint Ventures, foi em 2015 e levantou US$ 30 milhões. Ao todo, a PSafe já recebeu US$ 86,1 milhões em investimentos externos.

Resultados Digitais

Outra catarinense de Florianópolis, a Resultados Digitais, ou RD, como é conhecida no meio, atua no setor de marketing. A empresa oferece uma plataforma de automação que ajuda as empresas a terem um retorno sobre investimento maior em campanhas publicitárias, com software baseado na nuvem e muita documentação gratuita que ajuda clientes menos experientes a extraírem valor das ferramentas oferecidas.

A RD tem clientes em 201 países e foca em empresas de pequeno e médio porte. Fundada em 2011, recebeu três aportes, sendo o último em novembro de 2016, no valor de US$ 19,2 milhões, liderado pelo TPG Growth.

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Stone

A Stone, startup brasileira de processamento de cartões de crédito e débito, planeja abrir seu capital na Bolsa de Nova York ainda em 2018, segundo fontes ouvidas pela Reuters. Fundada em 2013 por André Street (Braspag) e Eduardo Pontes, que ainda detêm o controle da empresa, ela tem, entre os acionistas minoritários, a britânica Actis LLP, a brasileira Gávea Investimentos e a americana Madrone Capital Partners.

Em 2016, a Stone adquiriu a rival norte-americana Elavon por valor não divulgado. O desafio da Stone é competir com as grandes do setor, Cielo e Rede, do Itaú Unibanco. Segundo a Forbes, a Stone tem 4,5% do mercado de pagamentos no Brasil, um setor aquecido e que gerou um dos três unicórnios nacionais — a PagSeguro, que abriu capital recentemente na Bolsa de Nova York, um movimento que a Stone espera repetir no segundo semestre deste ano.

VivaReal/Zap

VivaReal e Zap Imóveis, líderes no mercado de imobiliárias online, se uniram em novembro de 2017. Criaram o grupo ZAP VivalReal, que oferece soluções completas para transações e inteligência para imobiliárias.

O Zap Imóveis foi fundado em 2009 como parte do Grupo Globo. Já a VivaReal, fundada no mesmo ano, havia passado por três rodadas de investimentos antes da fusão, sendo a última de US$ 41,7 milhões, capitaneado pelo Spak Capital.

Vtex

Fundada em 1999, a Vtext fornece tecnologias para e-commerce. Tem escritórios no Rio de Janeiro, em São Paulo e Buenos Aires, na Argentina. Além do Brasil, a Vtex tem operações também no Peru, Argentina, Colômbia, Chile, Paraguai, Equador e México.

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Em 2012, o fundo sul-africano Naspers adquiriu 27,7% da Vtex. Essa fatia foi vendida, em 2015, ao Riverwood Capital. O valor da transação não foi divulgado.

Recentemente, a Vtex anunciou planos de se expandir para 50 países até 2020. A expectativa é de que ela fature R$ 130 milhões até o fim do ano. Em abril de 2017, a Vtex se tornou a primeira empresa latino-americana a integrar o Quadrante Mágico da consultoria Gartnet, um índice de referência de fornecedores e tecnologias para outras empresas. Entre os clientes da Vtex, estão Coa-Cola, Walmart, C&A, Sony e Whirpool.