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A reinvenção da Nokia passa por balanças inteligentes e monitores de pressão cardíaca

Produtos da linha Nokia Health | NokiaDivulgação
Produtos da linha Nokia Health (Foto: NokiaDivulgação)

A Nokia anunciou a absorção completa da Withings, empresa francesa especializada em dispositivos de saúde conectados, adquirira em abril de 2016 por US$ 192 milhões. Com novos produtos e um app reformulado, a Withings foi rebatizada Nokia Health e se estabelece como mais uma frente no processo de reinvenção da centenária empresa da Finlândia.

Os novos produtos da Nokia Health são uma balança digital capaz de pesar as pessoas e calcular o índice de massa corporal (IMC). Inteligente, ela sincroniza os dados com um app para celular, o Health Mate, que também é novo, e consegue armazenar e distinguir perfis de até oito pessoas. Lá fora, a chamada Nokia Body Scale custa US$ 59, valor notavelmente menor que as balanças anteriores da Nokia, que custavam US$ 99 e US$ 179. 

O outro é o Nokia BPM+, um medidor de pressão inteligente que é controlado pelo Nokia Health. O dispositivo registra a pressão sanguínea e leituras de batimentos cardíacos mesmo quando desconectado da Internet e tem preço sugerido de US$ 129.

No lado do software, o Nokia Health traz programas de treinamento personalizados com duração de até oito semanas. Entre eles, estão alguns como “durma de maneira mais inteligente”, “corpo melhor” e “monitor de gravidez”.

Cédric Hutchings, vice-presidente de saúde digital da Nokia, disse ao site VentureBeat que essas inovações “são para saúde, não boa forma”, ou seja, não visam atletas ou fanáticos por academia, mas pessoas comuns que se preocupam em ter uma vida mais saudável.

Novas frentes

Hutchings classificou a Nokia Health como parte do “renascimento” da Nokia. Em 2012, a empresa vendeu a divisão de telefonia móvel, que fez boa parte da sua fama global, à Microsoft. Alguns meses depois, livrou-se também do HERE Maps, solução de mapeamento global que rivaliza com o Google Maps e foi adquirida por um consórcio de montadoras de automóveis alemãs.

Hoje, a Nokia tem nas redes de telecomunicações sua principal atividade e fonte de renda. No primeiro trimestre de 2017, 91% do seu faturamento, de € 5,39 bilhões, veio desse setor. A empresa, porém, tem apostas em outras frentes. A empresa lidera algumas áreas, como a de processadores para roteadores de alto desempenho com o FP4, chip anunciado semana passada.

Além da Nokia Health, a Nokia também aposta em realidade com a câmera Ozo (acima), autointitulada a melhor do mundo entre as capazes de gravar vídeos em 360º. Cada uma custa US$ 40 mil. A empresa também detém patentes que lhe rendem algum dinheiro mediante acordos de licenciamento.

Apesar de não atuar mais no segmento de telefonia móvel, celulares simples e smartphones com a marca Nokia voltaram a ser vendidos em 2016. A HMD Global, empresa finlandesa formada por ex-funcionários da Nokia, adquiriu os direitos de uso da marca e, em parceria com a chinesa Foxconn, já lançaram alguns aparelhos rodando Android e uma popular releitura do Nokia 3310, celular do início dos anos 2000 tido como praticamente indestrutível pelos consumidores.

Embora tenha a pretensão de atuar no mundo inteiro, a HMD Global ainda não comercializa seus produtos no Brasil e não tem data para estrear no país.

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