Muito antes da popularização da inteligência artificial e da proliferação de assistentes virtuais, a Sony comercializava o precursor deles todos: o Aibo, um cachorro robótico que fazia alguns truques e divertia crianças e adultos. Aposentado em 2006, o Aibo está prestes a voltar ao mercado — desta vez, mais esperto e com um formato mais natural.
O anúncio do novo Aibo foi feito nesta terça (31/10), em Tóquio, por Kazuo Hirai, CEO da Sony. Em 2017, o cão robótico responde a comandos de voz, late e balança o rabo, mais ou menos como a versão de 11 anos atrás. A diferença é que, agora, o Aibo será mais proativo e aprenderá novos truques a partir das interações com seus donos humanos. Isso é possível graças à tecnologia em que ele se baseia, desenvolvida pela Cogitai, uma startup de inteligência artificial baseada na Califórnia adquirida pela Sony. O cão também recebeu alterações no design. Ele está mais arredondado e parecido com um cachorro de verdade.
O Aibo exigirá conexão constante à Internet e poderá interagir com outros objetos conectados da casa. Ele também servirá para fins educacionais e de segurança, e receberá apps desenvolvidos por terceiros e distribuídos por uma loja própria da Sony que ainda será lançada. Toda essa tecnologia terá um custo extra, uma espécie de assinatura do Aibo, oferecida em dois planos: trianual (R$ 2.585) ou mensal (R$ 85).
A pré-venda do Aibo já começou no Japão. Cada unidade do cachorro-robô sai por 198 mil ienes, cerca de R$ 5,7 mil. Os consumidores começarão a receber o produto a partir de 11 de janeiro de 2018.
Foco em lucratividade
Em 2006, o Aibo foi descontinuado como parte de um processo de reorganização interna da Sony. A partir de 2012, quando Harai assumiu o comando da empresa, esse esforço foi intensificado com foco em tornar a Sony lucrativa outra vez: ele se desfez da linha de computadores (Vaio) e separou a produção de TVs Bravia em uma subsidiária, em vez de mantê-la como uma linha de produtos.
Nos smartphones, Harai eliminou modelos de entrada para focar no segmento mais caro (e mais rentável). Hoje, as maiores fontes de renda da empresa japonesa são a divisão de videogames (PlayStation) e o negócio de sensores de câmeras digitais — a Sony fornece esse componente para as principais fabricantes de smartphones, como Apple e Samsung.
No trimestre encerrado em setembro, a Sony registrou lucro líquido de 131 bilhões de ienes, equivalente a R$ 3,76 bilhões, valor 61,7% acima das expectativas dos analistas financeiros. O otimismo é tamanho que Harai elevou a previsão de lucro para 2017 para 630 bilhões de ienes (cerca de R$ 18,1 bilhões), um recorde histórico para a companhia.
Com informações da Bloomberg.
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