Após três anos de retração, vendas do iPad voltam a crescer

A Apple divulgou o balanço do terceiro trimestre do ano fiscal de 2017. A empresa bateu as expectativas dos analistas, com faturamento de US$ 45,4 bilhões e lucro líquido de US$ 8,7 bilhões. O iPhone segue respondendo por quase ⅔ do faturamento da empresa, os serviços (Apple Music, iCloud e apps) tiveram um crescimento expressivo e, no geral, não houve nada muito diferente do que se tornou habitual. Com uma exceção: o iPad.

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Após três anos de quedas sucessivas, as vendas do iPad voltaram a crescer. O aumento foi de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. Comparado ao trimestre imediatamente anterior, o crescimento nas vendas foi de 28%. Ao todo, foram 11,4 milhões de unidades comercializadas, contra 9,9 milhões no ano passado.

A última vez em que as vendas do iPad superaram o mesmo período do ano anterior havia sido no primeiro trimestre de 2014.

O bom desempenho foi motivado pelo novo iPad, uma versão mais simples e barata do modelo de 9,7 polegadas lançada sem muito alarde em abril. Esse modelo, que substituiu o iPad Air 2 e é precificado no mesmo patamar do iPad mini (US$ 329, ou R$ 2.499 no Brasil), explica por que, mesmo com o aumento nas vendas estando na casa dos dois dígitos, o do faturamento com o tablet foi mais tímido, ficando em apenas 2%.

Além desse iPad, a Apple comercializa outros três modelos: os iPad Pro de 10,5 e 12,9 polegadas; e o iPad mini 4.

Ouça o podcast sobre iPad e iOS 11:

Durante a conferência com investidores, Tim Cook, CEO da Apple, celebrou o bom momento do iPad. O executivo disse que em mercados-chave como Estados Unidos, Japão, Alemanha, França e China, o tablet da Apple teve “forte crescimento de dois dígitos”. Citou, ainda, dados da consultoria NPD que afirmam que, nos Estados Unidos, o iPad abocanhou 55% das vendas de tablets em junho e, considerando apenas os modelos acima de US$ 200, 89%.

Parcerias com empresas como Walmart, que está testando o uso do iPad com 19 mil funcionários, Bank of America, Medtronic e Panera, que já demonstraram interesse em adotar o iPad Pro de 10,5 polegadas, e nas escolas, onde o iPad teve um crescimento em vendas de 32% em relação ao ano passado, são indicadores de que a demanda pelo tablet deve crescer no futuro.