O smartphone é um objeto facilmente reconhecível: trata-se de um pequeno retângulo com uma tela em um dos lados e câmera(s) no outro. A ideia de inovar em cima de um formato tão consolidado não é simples — o reflexo dessa dificuldade se vê nas reações após os anúncios de grandes lançamentos. Com raras exceções, a expectativa por "inovação" nunca é alcançada. “A Apple não é mais a mesma”, lê-se bastante após anúncios de novos iPhone. Será?
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Amanhã (12), quando a Apple anunciar a mudança mais radical na história do iPhone, é bem provável que comentários do tipo apareçam em sites especializados e redes sociais. Alguns, justificáveis; afinal, a tela sem bordas já é uma realidade em aparelhos rivais como o Galaxy S8 e o LG G6. Outros, como o reconhecimento facial, têm o potencial de redirecionar os rumos da indústria.
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"Mas isso já existe!", alguns leitores disseram em resposta à matéria publicada na última quarta-feira, a respeito da biometria facial. Sim, porém ela existe da mesma forma que tablets existiam antes do iPad e sensores de impressões digitais eram encontrados em alguns notebooks e até celulares antes do iPhone 5s. Ou as telas sensíveis a toques anteriores ao iPhone original. Em outras palavras, existiam, mas não eram tecnologias maduras ou bem executadas o suficiente para serem usadas.
O grande mérito da Apple nessa última década desde que o iPhone apareceu foi transformar tecnologias confusas e desengonçadas em recursos úteis, que as pessoas realmente usam e incorporam no dia a dia. Embora não tenham sido recursos inéditos, a Apple foi pioneira na (boa) execução. Ser o primeiro não costuma trazer vantagem competitiva se a investida não é bem feita.
Além disso, algumas inovações parecem subestimadas. A App Store, de 2008, e a Siri, de 2011, criaram padrões na indústria. O próprio TouchID, sistema biométrico de impressões digitais, se disseminou no universo Android e hoje aparece até em aparelhos de entrada.
Ainda não se sabe o que o novo iPhone, supostamente chamado iPhone X, trará de novidade significativa, que recurso exclusivo será absorvido pelas fabricantes rivais e aparecerá em todos os grandes lançamentos de 2018. Em poucos anos algo assim não aconteceu — no iPhone 6, de 2014, por exemplo. Até descobrirmos qual será o deste ano, amanhã, veja um histórico de inovações do iPhone ao longo do tempo:
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