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setor automotivo

Brasil tem apenas 5,9 mil carros elétricos e híbridos

Toyota Prius, que custa R$ 120 mil, respondeu por quase 80% das vendas de veículos híbridos e elétrico no Brasil em 2016 | Facebook/Reprodução
Toyota Prius, que custa R$ 120 mil, respondeu por quase 80% das vendas de veículos híbridos e elétrico no Brasil em 2016 (Foto: Facebook/Reprodução)

Enquanto a frota de carros elétricos caminha a passos largos do mundo, o Brasil continua muito atrás quando o assunto é veículo que emite meno poluente. Estudo recente da FGV Energia mostra que a frota mundial de veículos para passageiros (exclui ônibus e motocicletas) foi de 2 milhões em 2016. Em 2020, a previsão é que o número chegue a 13 milhões e, em 2030, a 140 milhões, ou 10% da frota total de carros.

Já no Brasil, desde 2011 até 2016, foram vendidos apenas 5,9 mil carros elétricos e híbridos (que combina motor a combustão e elétrico) no país, número que representa apenas 0,3% da frota mundial. Do total comercializado no país, 2.079 foram vendidos no ano passado. O modelo híbrido Toyota Prius, que custa R$ 120 mil, respondeu por quase 80% das vendas em 2016 no Brasil, com 1.635 unidades.

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A pesquisadora da FGV Energia, Tatiana Bruce, responsável pelo estudo que utiliza dados globais da International Energy Agency (IEA), diz que a principal dificuldade para a disseminação de veículos elétricos no Brasil é o alto custo, principalmente da bateria, que corresponde a 50% do valor do carro. Nos últimos anos o preço vem caindo, mas ainda é elevado.

Por enquanto, diz Tatiana, “os grandes responsáveis pela adoção mais acelerada do carro elétrico em outros países são os subsídios para aquisição”. Na China, mercado que mais cresce atualmente, o governo banca entre um terço e metade dos preços dos carros elétricos. A preocupação de ambientalistas é que a maior parte da energia local vem de térmicas a carvão.

No Brasil, por enquanto, os incentivos são a isenção do Imposto de Importação (IPI) para elétricos e redução da alíquota de 35% para até 7% para os híbridos. Alguns municípios, como São Paulo, oferecem isenção de IPVA e dispensa do rodízio. 

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Segundo Tatiana, o Brasil tem necessidades diferentes de outros países que precisam cumprir o Acordo de Paris, sobre o aquecimento global, o que foça esses países a adotar políticas mais rígidas contra veículos movidos a combustão. 

Apesar dos fatores que jogam contra a comercialização de veículos elétricos e híbridos no Brasil, Tatiana diz que temos uma vantagem que a maioria dos outros países não tem: uma indústria de biocombustível bem desenvolvida.

O setor automotivo aguarda a regulamentação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para começar a utilizar etanol como combustível para gerar a energia da bateria dos veículso elétricos e híbridos. Segundo a agência, a proposta de regulamentação será apreciada no primeiro semestre de 2018.

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