Uma semana após pedir licença do cargo, o presidente-executivo da Uber, Travis Kalanick, 40, renunciou ao comando da empresa que ele ajudou a fundar em 2009. Segundo o New York Times, a decisão de deixar a presidência se deveu a uma revolta de investidores, em meio a uma série de polêmicas envolvendo Kalanick e a empresa.
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Ainda de acordo com o jornal norte-americano, cinco dos principais investidores da Uber exigiram que ele deixasse o cargo imediatamente e enviaram uma carta a Kalanick apontando exatamente isso.
Kalanick, depois de conversar com um membro da direção da Uber e após horas de discussão com alguns dos investidores, decidiu não continuar na presidência da empresa – ele permanece no conselho de diretores da Uber.
"Eu amo a Uber mais que qualquer coisa no mundo e, neste momento difícil da minha vida, decidi aceitar o pedido dos investidores para deixar o cargo, permitindo que a Uber possa voltar a seguir em frente, em vez de envolvida em outra disputa", escreveu Kalanick, em nota.
Queda em meio a escândalos
Na semana passada, ele havia pedido licença da presidência da companhia (avaliada em mais de US$ 60 bilhões), depois de uma série de escândalos, desde acusações de assédio sexual e sexismo na empresa, passando pelo uso de um software para enganar autoridades regulatórias de algumas cidades no mundo até a suspeitas de roubo de propriedade intelectual para a fabricação de carros autônomos.
Uma das consequência dessa crise na empresa é que ela vem perdendo espaço no seu principal mercado, o americano.
Com o crescimento da concorrente Lyft, a participação da Uber no mercado americano caiu em maio para 77%, ante 84% no início deste ano, de acordo com a empresa de pesquisas Second Measure, que utiliza dados anônimos de cartão de crédito.
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