A Didi, rival chinesa que desbancou a Uber no país asiático, anunciou nesta segunda (23) sua entrada no mercado mexicano usando a própria marca, a primeira expansão do tipo fora da Ásia. A Didi já opera em outros mercados através de parcerias e aquisições — é o caso do Brasil, onde a Didi atua através da 99, adquirida no início de 2018.
A operação da Didi no México começa pela capital do Estado do México, um centro urbano a 60 km das Cidade do México. A expectativa é que o serviço chegue a outras grandes cidades do país até o fim do ano.
Em nota, a Didi informou ter feito um esforço, envolvendo equipes no México, China e na Califórnia, para adaptar o algoritmo e funcionalidades do app chinês ao mercado mexicano. Problemas locais, como a criminalidade, serão combatidos com recursos criados especialmente para o país, como um botão de emergência no app e um sistema de monitoramento de segurança.
A entrada da Didi no México será agressiva. Até 17 de junho, a empresa não cobrará taxas dos motoristas; após esse prazo, cobrará uma taxa de 20% do calor da corrida, abaixo do que a Uber cobra no país (25%).
A entrada da Didi no México significa, também, um confronto direto com a Uber. Em 2016, a Didi comprou, por US$ 7 bilhões, a operação chinesa da Uber, terminando uma disputa acirrada que chegou a custar US$ 1 bilhão por ano à Uber para se manter competitiva na China.
Mudanças na 99
Quase que simultaneamente, a 99, comprada pela Didi em janeiro deste ano por valor não revelado, mas que avaliou a startup brasileira em US$ 1 bilhão, anunciou mudanças em seu comando. O chinês Tony Qiu é o novo presidente executivo da 99. Peter Fernandez, que deixou o cargo, passa a atuar como consultor.
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Em nota, a 99 informou, sem detalhes, que pretende se expandir para outros mercados latino-americanos. Até o momento, a empresa opera apenas no Brasil, em 500 cidades, com 300 mil motoristas e 14 milhões de passageiros.
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