Brian Acton, um dos dois cofundadores do WhatsApp, escreveu no Twitter, na noite desta quarta-feira (20), que “chegou a hora” de excluir o Facebook. A hashtag usada por ele, #DeleteFacebook, ganhou destaque no último fim de semana, quando os jornais The New York Times e The Guardian revelaram denúncias de que dados do Facebook de dezenas de milhões de norte-americanos foram “vazados” à Cambridge Analytica, empresa especializada em propaganda política direcionada, que teria colaborado com as campanhas de Trump à presidência dos Estados Unidos e do Brexit.
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A manifestação de Acton, que não teve explicações (ele não falou com a imprensa após publicá-la nem respondeu às centenas de mensagens que recebeu no Twitter), chama a atenção porque, em 2014, ele e seu então sócio, Jan Kuom, venderam o WhatsApp ao Facebook por cerca de US$ 19 bilhões. A fortuna de Acton é estimada em US$ 6,5 bilhões.
No começo de 2018, Acton se desligou do Facebook/WhatsApp e anunciou um investimento de US$ 50 milhões para criar uma fundação em torno do aplicativo Signal, similar ao WhatsApp, mas sem fins lucrativos. A tecnologia da criptografia de ponta a ponta implementada pelo WhatsApp foi desenvolvida pela equipe responsável pelo Signal. O dinheiro será usado para expandir a equipe e assegurar as metas e valores a longo prazo.
Kuom, o outro cofundador do WhatsApp, continua no Facebook, com um lugar no conselho da empresa e liderando o desenvolvimento do app de mensagens.
Desde segunda-feira (19), as ações do Facebook já desvalorizaram em quase 10%, o equivalente a cerca de US$ 50 bilhões.
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