Apesar de o consumidor estar se preparando para comprar celular e outros aparelhos eletrônicos durante a Black Friday deste ano, as categorias que, provavelmente, terão os maiores descontos serão bem diferentes. Produtos como máquina de sorvete, batedor e corretivo facial foram os que tiveram as maiores médias de desconto no ano passado. Isso acontece porque as redes varejistas tendem a dar percentuais maiores de descontos em itens que vendem com menos frequência e que representam pouco no faturamento total.
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Segundo levantamento feito pelo Zoom, site comparador de preços e produtos, as dez categorias que tiveram as maiores médias de desconto on-line no ano passado foram:
Categoria | Média de desconto durante a Black Friday de 2016 (em %) |
Máquina de sorvete | 38,22 |
Batedor/Fuê | 36 |
Corretivo facial | 24,99 |
Pen drive | 24,11 |
Macacão e maquaquinho | 22,22 |
Outros produtos para o rosto | 21,06 |
Cartucho e toner | 14,52 |
Pó compacto e solto | 14,36 |
Shorts de futebol | 11,68 |
Protetor solar | 10,20 |
Só que o consumidor está se planejando para comprar produtos bem diferentes. Uma pesquisa encomendada pelo Google mostrou que os celulares e as roupas femininas lideram a intenção de compra dos consumidores, sendo citados por 39% dos entrevistados. Logo atrás, aparecem passagens aéreas e hotéis, com 36% da intenção de compra.
Levantamento feito pelo Zoom também mostra cenário parecido. Segundo o comparador de preços, celular, aparelho televisor, notebook, geladeira e console de vídeo game foram as categorias mais buscadas no site da empresa durante a Black Friday do ano passado. Elas, porém, tiveram descontos mais modestos em 2016:
Categorias mais buscadas na Black Friday de 2016 | Média de desconto (em %) |
Celular e smartphone | 8,68 |
TV | 8,57 |
Notebook | 8,79 |
Geladeira | 8,96 |
Console de video game | 8,07 |
Estratégia das varejistas
A explicação para isso está em uma estratégia utilizada pelo varejo desde o início da Black Friday no Brasil. Os lojistas tendem a dar mais desconto nas categorias que têm pouco giro, ou seja, que saem com pouca frequência e que representam uma parcela pequena do faturamento da empresa.
As categorias que vendem mais e que têm alto valor agregado, como eletrônicos, são as que normalmente têm o menor desconto. Essas categorias custam mais caro e um percentual menor de desconto, como 5% ou 10%, já representa bastante no valor final. Além disso, as empresas optam por não dar descontos maiores porque essas categorias já têm naturalmente uma alta procura e saída e representam grande parte do seu faturamento, por isso um desconto muito alto pode comprometer os ganhos reais das varejistas.
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