Apesar de as vendas durante a Black Friday deste ano terem movimentado R$ 2,1 bilhões, uma pequena parcela desse valor ainda não foi paga pelo consumidor brasileiro, principalmente aquele que fez compra via boleto bancário. É o que mostra uma pesquisa da MundiPagg, empresa responsável por 40% das transações do comércio eletrônico nacional, incluindo grandes empresas como Americanas.com, Submarino, Shoptime, Havan, Hotel Urbano e Lojas Renner.
A MundiPagg informou que 54% dos boletos bancários gerados em sua plataforma entre os dias 24 e 27 de novembro, período em que a aconteceu a Black Friday e a Cyber Monday, ainda não haviam sido pagos até 4 de dezembro, exatos dez dias corridas após a Black Friday. Dez dias é normalmente o prazo máximo dado por um lojista para que o cliente pague o boleto. O boleto foi o meio de pagamento escolhido por 5% dos pedidos gerados dentro da plataforma da MundiPagg no período de 24 e 27 de novembro.
O boleto bancário é uma aposta do lojista para incentivar as vendas à vista com desconto. Os descontos concedidos são de, normalmente, 5% ou 10% sobre o valor do produto. Mas, como o boleto bancário tem um prazo maior para o pagamento, ao contrário do cartão de crédito e débito em que o pagamento cai no dia ou no dia seguinte, o consumidor ganha tempo para pensar e se arrepender de uma compra por impulso.
As vendas on-line Black Friday deste ano movimentaram R$ 2,1 bilhões, uma alta de 10,3% em relação a 2016. O tíquete médio caiu 3,1%, de R$ 580 para R$ 562, e o número de pedidos cresceu 14%, de 3,30 milhões para 3,76 milhões. Os dados são da Ebit, empresa que monitora o varejo on-line desde 2000, e englobam apenas as compras feitas pela internet na quinta (23) e sexta-feira (24).
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