Aviões militares KC 390 da Embraer| Foto: EMBRAER/DIVULGAÇÃO

A Embraer afirmou nesta quinta-feira (12) que uma das possibilidades em estudo no acordo com a Boeing é a da criação de uma joint-venture (uma terceira empresa, que teria como acionista a Boeing e a Embraer) na área de aviação comercial, deixando a área de defesa e, possivelmente, a de aviação executiva, fora desse acordo.

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“A Embraer e a Boeing Co., em conjunto com o grupo de trabalho, ainda estão analisando possibilidades de viabilização de uma combinação de seus negócios, que poderão eventualmente incluir a criação de outras sociedades com participação conjunta na área de aviação comercial, deixando por outro lado separadas as demais atividades notadamente aquelas vinculadas à área de defesa e, possivelmente, também a área de aviação executiva, que permaneceriam exclusivamente com a Embraer”, afirmou a fabricante brasileira em comunicado ao mercado.

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A explicação foi dada em resposta a notícias veiculadas na mídia de que a Embraer e a Boeing estão perto de fechar um acordo e que o governo brasileiro já estaria analisando a nova proposta. A empresa brasileira, porém, negou que uma proposta foi enviada para avaliação do governo. “Neste contexto, têm sido elaborados materiais de apoio para discussão, sem cunho vinculativo, que não foram submetidos ainda a qualquer aprovação formal das partes ou do Governo Brasileiro”.

O modelo a ser criado no acordo

Segundo noticiou o jornal Valor Econômico nesta quinta-feira (12), o acordo entre Boeing e Embraer deve mesmo incluir a criação de uma terceira empresa que ficaria responsável por toda a área de aviação comercial da Embraer. Essa terceira empresa teria como acionista majoritária a Boeing e como minoritária a Embraer. As áreas de defesa e de aviação executiva devem, segundo o jornal, ficar exclusivamente com a Embraer.

O grande impasse, porém, seria os percentuais de cada uma das empresas nesse terceiro negócio a ser criado. O governo brasileiro, informa o jornal, quer que a Embraer tenha uma participação de, pelo menos, 20% na joint-venture, percentual que daria dinheiro necessário à Embraer para manter a sua área de defesa. Já a Boeing quer uma participação de 90% na joint-venture.