| Foto: Spencer Platt/AFP

Um consórcio liderado pelo grupo de investimento japonês SoftBank comprou aproximadamente 17,5% das ações da Uber. O valor pago ainda não foi revelado, mas segundo o jornal americano The Wall Street Journal a proposta considerou uma avaliação de mercado de US$ 48 bilhões, valor 30% inferior ao atual valor de mercado da companhia, de quase R$ 70 bilhões.

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O grupo japonês SoftBank deve ficar com 15% da Uber, enquanto o fundo americano Dragoneer Investment - que faz parte do consórcio - deve ficar com 3,5%. Além da compra das ações, o consórcio vai fazer uma compra secundária de ações de investidores iniciais e funcionários e injetar cerca de US$ 1 bilhão no aplicativo.

As informações foram divulgadas pelo The Wall Street Journal e depois confirmadas por fontes da Uber à imprensa internacional. O anúncio oficial ainda não foi feito. Em nota, a assessoria de imprensa da Uber no Brasil afirma que o aplicativo está ansioso para “trabalhar com os compradores para fechar a transação global, que irá apoiar nossos investimentos em tecnologia, impulsionar nosso crescimento e fortalecer nossa governança corporativa”.

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As vantagens do negócio

As negociações com o SoftBank começaram neste ano e se intensificaram no segundo semestre. O novo CEO do aplicativo, Dara Khosrowshahi, foi o responsável por conseguir convencer os atuais investidores e funcionários a vender parte das suas ações na empresa ao consórcio.

Para a Uber, a entrada dos novos sócios representa um investimento importante para colocar mais dinheiro no caixa da companhia para que ela possa investir mais em tecnologia e melhorar a sua presença de mercado em regiões importantes que contam com concorrentes fortes. Além disso, o dinheiro será usado para fortalecer a governança corporativa da Uber, que, segundo expectativas do mercado, deve fazer sua oferta públicas de ações (IPO, na sigla em inglês) em 2019.

Já para o SoftBank, ter a Uber em seu portfólio reforça a presença do grupo como um dos principais investidores de tecnologia do mundo, em especial de aplicativos de transporte. O grupo é um dos investidores da chinesa Didi, uma das principais concorrentes da Uber no mundo, e da brasileira 99. No caso da brasileira, o SoftBank liderou um investimento de US$ 100 milhões em maio deste ano. Os japonês também têm diversas empresas de internet e telecomunicações.