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Depois de ser superada pela Tesla, Ford demite CEO e foca em veículos autônomos

Mark Fields (foto) foi demitido nesta segunda-feira pela Ford | Luis Gene/AFP
Mark Fields (foto) foi demitido nesta segunda-feira pela Ford (Foto: Luis Gene/AFP)

A montadora americana Ford demitiu nesta segunda-feira (22) seu presidente mundial Mark Fields e anunciou Jim Hackett, diretor do departamento de veículos autônomos, como o novo CEO. A demissão acontece no momento em que a empresa enfrenta a queda das vendas nos Estados Unidos e na China e logo depois de ela ser superada pela fabricante de veículos elétricos Tesla em valor de mercado e cair para a terceira colocação entre as maiores montadoras americanas.

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Em comunicado divulgado à imprensa, a Ford afirma que Hackett, de 62 anos, “tem um longo histórico de inovação e sucesso nos negócios”. “Jim Hackett é a pessoa indicada para dirigir a Ford durante esta transformação da indústria do automóvel e da mobilidade em geral”, afirma a montadora. Ela ainda completa: “Partimos de uma posição forte para transformar a Ford para o futuro.”

A reorganização da diretoria também inclui a nomeação de três novos vice-presidentes executivos para supervisionar os mercados globais, as operações e a mobilidade. Mark Fields estava há 28 anos na Ford e segundo o comunicado vai se aposentar. 

Perda de espaço

A troca de presidente acontece em um momento decisivo para a indústria automobilística. Mark Fields assumiu a liderança da Ford há quase três anos e apostou durante a sua gestão no desenvolvimento de veículos autônomos. Mas as vendas da montadora nos Estados Unidos e na China despencaram nos últimos anos.

A ação do grupo perdeu um terço do valor e foi superada em abril pela fabricante de veículos elétricos Tesla em termos de capitalização na Bolsa. Logo depois, a Tesla superou também a General Motors e se tornou a montadora americana mais bem avaliada. 

Somente em 2016, o lucro da Ford registrou queda de 38%, tendência confirmada no primeiro trimestre deste ano. O grupo anunciou recentemente o corte de 1,4 mil postos de trabalho na América do Norte e Ásia, com o objetivo de reduzir custos e melhorar a rentabilidade.

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