Na manhã desta quarta-feira (4), em São José dos Campos, interior de São Paulo, a Embraer oficializou a entrega do seu novo jato E190-E2, primeiro avião da nova geração de E-Jets, que taxiou pela pista ao som de “Garota de Ipanema”.
A “coisa mais linda” da Embraer é, segundo Paulo César de Silva e Souza, CEO da empresa, uma aeronave que faz história, não só pela tecnologia e por ser mais ecológica, mas também por ter sido entregue dentro do prazo.
Contando com 75% de sistemas novos em comparação com a geração anterior, o E190-E2 se destaca por ser a aeronave de corredor único mais eficiente do mercado e o avião mais ambientalmente consciente da categoria, com menor nível de ruído interno e de emissões de poluentes. Inspirado pela indústria automobilista, os novos jatos E2 também oferecem benefícios para os passageiros, que contarão com controles de luz e ar condicionado individualizados, assentos ultrafinos que dão mais espaço para as pernas e janelas que permitem maior entrada de luz natural na aeronave. O conforto também poderá ser experimentado com o uso da tecnologia SKYfi Club, que permite fazer streaming de conteúdo de áudio e vídeo sem fio a bordo, diretamente nos celulares e tablets dos passageiros.
LEIA TAMBÉM: E190-E2 e KC-390: os novos aviões da Embraer para 2018
Silva também agradeceu aos 18 mil funcionários da Embraer pelo empenho. Parte deles estava presente na cerimônia de entrega, uniformizados em verde e azul, e celebraram dançando enquanto a simbólica chave do E190-E2 era entregue aos executivos da Widerøe, companhia aérea norueguesa que adquiriu a primeira unidade.
Entre os representantes da Widerøe, houve risos de alegria e algumas lágrimas de comoção. Stein Nielsen, CEO da empresa norueguesa, agradeceu a Embraer pelo empenho na pontualidade da entrega da nova aeronave e pela persistência na parceria com a companhia, considerada a maior da Escandinávia. “Ainda que existam diferenças culturais, estamos impressionados com a paixão e o comprometimento da Embraer nesta entrega”, reforçou ele, antes de abrir os braços e dizer considerar todos “parte da família” Wideroe.
O E190-E2 fará seu voo inaugural entre as cidades de Bergen e Tromsø, na Noruega, em 24 de abril. A unidade adquirida pela Widerøe está configurada com 114 assentos em layout de classe única. A companhia fez um pedido de até 15 jatos da nova geração de E-Jets da Embraer (o E190-E2 é o primeiro deles), sendo três deles firmes para o recém entregue E190-E2, e os direitos de compras de mais 12 E2. Se todos os pedidos forem executados, o total investido pela companhia Widerøe será de aproximadamente US$ 873 milhões.
Caso Boeing
Questionado pelos jornalistas sobre o avanço das negociações com a Boeing, Silva confirmou que as conversas continuam, mas que não há novidades. A última que se tem é de que Boeing e Embraer estariam preparando uma proposta para a criação de uma nova empresa.
O CEO da Embraer não esclareceu como potencialmente seria feita a proporção da propriedade da Boeing sobre a Embraer, mas fez questão de ressaltar que o acordo com a Boeing não é essencial para a continuidade dos serviços da empresa. “É preciso ter conforto de todas as partes: do governo brasileiro, da Boeing e da Embraer também. Depois, ainda que haja um acordo, ainda teremos toda a parte legal, em vários países, então a operação pode levar muito tempo”, salientou.
LEIA TAMBÉM: Volkswagen investe R$ 2 bilhões em fábrica paranaense para produzir carro inédito no país
Silva também comentou brevemente sobre o rumor de uma potencial oferta da Comarc para concorrer com a proposta da Boeing, reforçando que a Embraer está atenta aos movimentos do mercado e que com certeza estaria aberta a conversar com outros players interessados. “Caso haja alguma coisa que nos interesse, sim, nós vamos avaliar”, finalizou ele.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares